quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Oração de final de ano


Senhor Jesus, nesta última noite do Ano, depositamos diante de Tua manjedoura 
todos os nossos sonhos,
todas as nossas lágrimas e 
todas as esperanças contidas em nossos corações.

Pedimos por aqueles que choram sem ter quem lhes enxugue uma lágrima. 

Por aqueles que gemem sem ter quem escute seu clamor.

Suplicamos por aqueles que Te buscam sem saber ao certo onde Te encontrar.

Para tantos que gritam paz, quando nada mais podem gritar.

Abençoa, Jesus Menino, cada pessoa do planeta Terra, colocando em seus corações um pouco da luz eterna que vieste acender na noite escura de nossa fé.

Fica conosco, Senhor!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Oração para um novo caminho


Ó Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo! Deus bendito, poderoso, Deus do impossível!
Ó Deus que tudo sabes e que providencias o tempo e a hora.

Dá-nos:
- Entendimento, para entender os Teus sinais.
- Esperança, para não esmorecer, desanimar, arrefecer.
- Alegria para contagiar, exultar, vibrar, alegrar.
- Discernimento para distinguir as coisas no momento certo.
- Prudência para não atropelar as Tuas resoluções.
- Serenidade no agir, no falar e até no silenciar.

Dá-nos também:
– Um coração sincero, transparente, aberto, disponível.
- Um coração simples, descomplicado que tenha em si, somente a Tua Verdade.

Senhor, não nos deixes sucumbir diante dos nossos inimigos que são os Teus inimigos. 
Afasta de nós, as sombras da vaidade, da cobiça, do orgulho e do egoísmo. 
Retira tudo que em nós houver de negativo, de divisão, de orgulho, de obstinação. 
Não nos deixes parar quando tivermos que caminhar e quando for preciso parar, que não insistamos em caminhar. 

Dá-nos a direção segura, firme, oportuna.
Senhor, que a Tua Luz em nós faça-nos iluminar a muitos. 
Renova em nós o dom do consolo, da misericórdia, da escuta ao irmão. 
Adestra o nosso coração para o exercício do amor eterno, infinito, indiviso, forte, verdadeiro, santo, fiel. 
Que possamos espalhá-lo no mundo, por onde andarmos, a partir da nossa casa e da nossa família. Ressuscita-nos, Senhor! Transforma e sublima em nós, toda ingratidão, toda dor, todo sofrimento, em AMOR! 
Ensina-nos a Amar – por Ti. Ensina-nos a amar com o Teu Amor.
Dá-nos, Senhor, a graça de TUDO FAZER POR AMOR.
E assim contemplarmos na Terra a Glória do Céu.

Amém!

do site: Um novo caminho


quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Feliz Natal!


O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor.

Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.

O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.

Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.

Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.

A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.

Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor.

A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor.

Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos.

A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.

O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.

O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos.

Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.

A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado.

Papa Francisco

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Hoje, nasceu para nós o Salvador!




Animador: Irmãos e irmãs, podemos nos alegrar e fazer festa, pois a Santíssima Trindade nos une no Amor e quer que nós vivamos em comunhão entre nós, por Amor. Por isso, com alegria, iniciemos nossa Celebração, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém. Bendita seja a Santíssima Trindade, presente em nós e no meio de nós.
Animador: É graça de Deus podermos estar aqui, reunidos, celebrando o Natal do Senhor entre nós, pois foi Ele mesmo quem disse: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles.”
Todos: Somos o seu povo reunido e Ele está no meio de nós!

Anim: Supliquemos pela vinda da Luz. Que Ela possa iluminar toda a nossa Vida, para que nós andemos nos Caminhos da Paz e da Verdade.
Todos: Senhor, enviai vossa Luz e vossa Palavra, para que as trevas jamais dominem sobre nós.
A pessoa responsável pela casa acende a vela, que está perto do Menino Jesus, dizendo:

Responsável pela casa: Bendito sejas, Deus da Vida, por esta grande notícia: Hoje nasceu o Salvador do mundo!
Todos: Hoje uma luz brilhou para nós! Hoje nasceu nosso Deus e Senhor!
Então uma pessoa lê diretamente da Bíblia = Lc 2,1-14
Leitor 2: Proclamação do nascimento de Jesus Cristo, segundo o evangelista Lucas.
Após a leitura, ir passando a vela de mão em mão, em silêncio, enquanto todos vão meditando sobre o significado da Luz de Deus que brilha em nós graças o nascimento de Jesus. Ao final, coloca-se a vela perto do menino Jesus, e faz-se a seguinte reflexão:

Anim: Na gruta de Belém, numa manjedoura repousa o recém-nascido Jesus no aconchego de Maria e José.

Mulheres: O clima é de suave alegria e profunda emoção. Maria conhece o mistério que ali acontece e mantém-se em atitude de contemplação.

Homens: Jesus é o Filho de Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é a prova do amor de Deus por todas as pessoas.
Todos cantam:
Noite feliz! Noite feliz!
Ó Senhor, Deus de amor! / Pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem. //Dorme em paz, ó Jesus!//

Anim: Bendito sejas tu, Senhor, Deus da vida, que de forma admirável quiseste assumir nossa condição humana, tornando-nos filhos da luz.
Todos: Glória a Deus no mais alto dos céus.

Todos: Jesus, fortalece a nossa fé, a fim de que nos deixemos guiar por ti. Faze com que os nossos corações se abram em amor para os outros e que o nosso lar seja o lugar para celebrarmos a reconciliação, o perdão e o amor.
Aumenta, Senhor, nossa alegria nesse Natal e no novo ano que se aproxima.
Todos: Pai nosso... Ave Maria...

Animador: Como filhos e filhas do Deus da paz, saudemo-nos com um abraço fraterno, desejando-nos uns aos outros um Feliz Natal, sinalizando o nosso anseio de paz para nós e para o mundo inteiro.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Oração da sabedoria



Senhor Deus de Bondade, venho diante de ti para agradecer todo o bem que realizas na minha vida. 

Muito obrigado pelo ar que respiro, pelo alimento à minha mesa, pelas pessoas que amo. 

Muito obrigado pela luz que vem do teu Espírito Santo. 

Eu te peço, Senhor, que sempre ilumine meus passos e meus caminhos com o brilho da tua sabedoria.

Dá-me bom senso, lucidez e discernimento para não me entregar a falsas ilusões. 

Protege a minha família e a todos os que eu amo de qualquer erro ou engano. 

Mostra-me sempre a beleza da tua verdade e do teu amor, para que eu possa ser instrumento da Sabedoria que vem de ti. 

Tudo isso eu te peço por Jesus Cristo, teu filho e nosso irmão, na força e na unidade do Espírito Santo, Amém!

domingo, 14 de dezembro de 2014

A Varanda de Deus


Debruçado na varanda sobre o mundo, olhava, estupefacto com o que lhe era dado ver.


Tinha estado a rezar intensamente, pedindo a Deus que lhe desse compreensão para tantas coisas que aconteciam no mundo, e que ele não conseguia perceber.


Eram cataclismos, violências, guerras, ódios, crimes, enfim um nunca parar de coisas horrendas, pelas quais ele como tantos outros, perguntava amargurado:
- Meu Deus porquê? Porque permites tais coisas? Porque as deixas acontecer?


Deus respondeu-lhe então, numa voz muito audível ao seu coração, perguntando-lhe:
- Acreditas que eu fui o teu criador e o criador do mundo? E se acreditas nisso, acreditas que te criei em liberdade para que tu escolhas o teu caminho e a vida que queres viver?


Humildemente, baixou a cabeça e respondeu:
- Sim Senhor, acredito!


Foi então que se sentiu transportado para aquela varanda, podia chamar-lhe a “varanda de Deus”, porque tinha vista ao mesmo tempo sobre todo o mundo.


Deus disse-lhe suavemente, com a voz repassada de tristeza:
- Fica aqui por uns momentos, tantos quantos queiras, e vai reparando no que se passa no mundo, para que obtenhas respostas ao que me perguntaste.


Deixou-se então ali ficar, e começou a olhar, vendo o que se passava no mundo.


Era tudo tão nítido, tão perto, tão real, que tudo o que via o deixava verdadeiramente estupefacto, envergonhado, esmagado de tristeza.


Para todos os lados da terra para onde olhasse via homens a testarem armas, a prepararem-se para a guerra, a provocarem ódios e inimizades, e seguidamente a matarem-se “metodicamente” em batalhas que a nada levavam.


Via a homens a odiarem-se, a prepararem vinganças, a ofenderem-se, ferirem-se, a matarem-se, pelos motivos mais fúteis.


Via homens a exercerem violências inauditas sobre mulheres, sobre crianças, os mais fortes a dominarem os mais fracos.


Via gente cheia de tudo, gente a quem nada faltava e tudo sobrava, e mesmo ao lado gente faminta, nua, gente sem esperança.


Reparou em tantos homens e tantas mulheres, envolvidas em orgias de prazer mundano, depois reflectidas em profundas depressões.


Percebeu envergonhado na imensidade de grávidas que matavam os seus filhos no seu próprio ventre.


Via por todo o lado os homens de costas voltadas, os miseráveis pelo chão e ninguém se incomodar com eles.


Viu ainda tanta gente que andava pelo mundo á espera de uma palavra, de um sorriso, de um conforto, mas que afinal eram “transparentes”, aos olhos daqueles que por eles passavam.


Percebeu também, no meio de todo este horror, algumas ilhas de bondade, de uns poucos, no meio de tantos, que se preocupavam com tudo e queriam o bem de todos.


Não quis ver mais, porque a visão de tudo era insuportável aos seus olhos, ao seu coração, até porque sentia que também fazia parte de tudo aquilo.


Deus olhou para ele, com aqueles olhos imensos de amor eterno e perguntou-lhe:
- Não são todos criaturas minhas? Em alguma coisa os distingui entre os que fazem o bem e os que fazem o mal? Não são todos livres de fazerem a sua própria vontade?


Numa voz sumida e envergonhada apenas respondeu:
- Sim, Senhor.


Serenamente, Deus disse-lhe:
- Então que queres que Eu faça? Que lhes retire a liberdade? Que os obrigue a fazer a minha vontade? Para que lhes serve então a inteligência e a consciência que lhes dei?


Sem saber o que dizer, apenas abanava a cabeça, sem levantar os olhos para Deus.


Deus continuou:
- Se uns usam a liberdade que lhes dei para fazerem o bem, porque é que os outros não o fazem também?
Que têm feito os homens do mundo que lhes dei?
Não vês a destruição da natureza, da beleza da criação?
É vontade minha, por acaso?


Mas ele nada conseguia dizer, porque nada havia que protestar, ou contestar.


Deus disse-lhe então:
- Foi-te dado ver o que os homens fazem da liberdade que lhes dei. Foi-te dado perceber que uns a utilizam para o bem e outros para o mal.
Abre o meu Livro e perceberás que desde sempre peço ao homem para fazer a minha vontade, pois só assim encontrará a felicidade.
Até dei ao homem o Meu próprio Filho, para que lhe revelasse a minha vontade, mas torturaram-no e mataram-no!
Ressuscitou ao terceiro dia e deu provas da Sua Ressurreição e mesmo assim não acreditaram, não acreditam.
Ao longo dos tempos, e hoje ainda, sempre houve homens e mulheres testemunhas do bem e do amor, que viveram segundo a minha vontade, e também esses desprezaram e ainda desprezam, alguns até mataram e ainda matam.
Não sei castigar, apenas sei amar!
Que queres tu que Eu faça?


Humildemente, de cabeça baixa, disse:
- Que tenhas compaixão, Senhor!
Que continues a amar-nos com o Teu eterno amor!
Que nos perdoes quando Te perguntamos porque acontece isto ou aquilo, sabendo nós que a culpa é apenas nossa, é apenas da forma como usamos a liberdade que Tu mesmo nos deste.
E suscita, Senhor, mais homens e mulheres que levem a Tua Palavra, que falem da Tua vontade e que dêem testemunho da alegria e da felicidade que é a vida em Ti, conTigo e para Ti.


Deus abraçou-o então, e disse:
- Vai em paz meu filho. Uma coisa podes tu ter a certeza: faça o homem o que fizer, o meu amor por ele permanece inalterado, e os meus braços estarão sempre abertos para o receber.
A liberdade sempre a terá, porque essa é a prova mais pura do meu amor por ele.


Abriu os olhos, olhou em redor, e calmamente com uma grande paz no seu coração, deu graças a Deus.


Joaquim Mexia Alves

Que longe estás de Jesus, se não és humilde...


Não te vences, não és mortificado, porque és soberbo. 
- Dizes que tens uma vida penitente? Não te esqueças de que a soberba é compatível com a penitência... 
- Mais razões: o teu desgosto depois da queda, depois das tuas faltas de generosidade, é dor ou despeito de te veres tão pequeno e sem forças? 
- Que longe estás de Jesus, se não és humilde..., ainda que as tuas disciplinas façam florescer, cada dia, rosas novas!

A alegria é um bem cristão. Só desaparece com a ofensa a Deus, porque o pecado é fruto do egoísmo e o egoísmo é a causa da tristeza. 
Mesmo então, essa alegria permanece no fundo da alma, pois sabemos que Deus e a sua Mãe nunca se esquecem dos homens. 
Se nos arrependemos no santo sacramento da penitência, Deus vem ao nosso encontro e perdoa-nos. E já não há tristeza. 
Na verdade, é muito justo que haja regozijo, porque o teu irmão estava morto e ressuscitou; tinha-se perdido e foi encontrado.

São Josemaría Escrivá

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Eu era católica e Deus me converteu

Conheça a história da jovem L.B., cuja vida foi transformada pela infinita misericórdia do Senhor




Salve Maria!

No mês de setembro completei meu primeiro ano de conversão. Se eu era ateia, protestante ou budista? Definitivamente não, talvez fosse o tipo mais difícil de converter: eu era católica. Fiz uma experiência muito forte do amor de Deus. Quero contar o que me aconteceu e especialmente destacar o papel do Padre Paulo Ricardo em tudo isso.

Em 2012, fui morar no Rio de Janeiro: o emprego dos sonhos, lá teria a minha casa, muitos ideais na cabeça, coração batendo forte e desejoso de aventuras e novas histórias... Quando lá cheguei foi tudo BEM diferente. O dono do escritório começou a rivalizar pesado comigo e me demitiu exatamente um mês depois, sem conseguir apontar meio motivo razoável. Ao mesmo tempo meu namoradinho carioca, lindo, inteligente, que tocava violão erudito pra mim em noites de lua cheia com vista para o Pão de Açúcar também resolveu me chutar.

De alegrias tropicais minha vida passou a um inferno dos mais dantescos. Fui para casa, comprei os acessórios, enchi a despensa, posicionei as plantas... Aquela cena que se ensaia mil vezes desde a infância, mas eu pensava que teria um gosto diferente, que estaria em segurança, tudo daria certo e eu seria feliz. Mas o gosto era TÃO AMARGO... Não se parecia em nada com a doçura que essas ideias românticas de felicidade prometem.

Então, o vazio tomou conta de mim de forma avassaladora.

Meu coração ardia de vontade de me confessar. Procurei o pároco da linda Igreja de São José, o Revmo. Padre André, sacerdote jovem que tinha acabado de voltar dos estudos em Roma. Sentei-me no banco, nem o conhecia, e comecei a contar meus pecados de estimação. Só que dessa vez, irritada por tantas coisas impalatáveis e que eu já não entendia, disse ao Padre num surto de sinceridade que eu não me arrependia porque "eu não concordava". O Padre calmamente me disse: "Minha filha, então eu não posso te absolver. Sem o arrependimento sincero e o compromisso de não buscar mais esses caminhos de nada vale a confissão. Quer um conselho? Pare de sofrer. Saia da Igreja já que ela não te satisfaz, mas não selecione apenas as partes que te agradam e ainda diga que é católica. Não existe isso de não concordar e fazer o que se quer, seja honesta e saia. Outra opção é você buscar a respostas de suas dúvidas no Catecismo e obedecer ao Papa. Desta forma você vai ser de fato uma católica. Como está você não o é". Eu fiquei atônita. NUNCA tinha ouvido UM Padre sequer dizer aquilo. Ele disse mais outras coisas específicas pra cada pecado que eu havia cometido e especialmente para aqueles dos quais que eu não me arrependia.

Foi TÃO CLARO que não teve jeito de eu defender minhas ideias, era óbvio que eu havia construído um muro de retórica pra me defender e legitimar minhas más escolhas e vícios.Até aquele ponto havia vivido como a maioria, de um jeito muito simplista: se eu extinguisse a culpa, o erro não seria meu. De um jeito que eu não sei explicar eu disse ao Padre que eu me arrependia. E eu disse isso com toda a minha alma e entendimento. Recebi ali uma cura incrível que jamais vou conseguir explicar. Passei a amar o Papa com TODAS AS MINHAS FORÇAS e fiquei muito curiosa em relação ao Catecismo e aos Evangelhos, parecia que havia passado muito tempo exilada, sentia saudade da Vida porque estando tão distante de Deus eu tinha me afastado de mim mesma e esquartejado corpo, alma e espírito em pequenas e indecifráveis partes que não faziam sentido por elas mesmas ou em conjunto. Eu tinha desenvolvido um soberbo exoesqueleto de pretensa "razão" e por ele me sustentava. Meu corpo físico e místico estava em frangalhos dentro daquela dura casca de superficialidade.

Depois disso voltei aos Sacramentos, às Missas Dominicais, à Adoração... Mas, quase não conseguia levantar da cama, fiquei doente e sem forças por muitas semanas. Eu só me levantava pra comprar comida às vezes e pra ir até a Igreja. Levantar um braço doía muito. Eu não quis contar pra minha família ou amigos o que tinha acontecido. Sentia uma mistura de choque, medo, raiva, tristeza, indignação, revolta, pânico, culpa, vergonha...

Tive anorexia. Anemia. Problemas estomacais. Infecções alimentares. Dores fortes no corpo todo. Depois de uns dois meses consegui sair de casa pra fazer esportes. E adquiri o hábito de caminhar na Lagoa rezando o Rosário. As pessoas olhavam curiosas achando engraçado uma moça com visual moderninho de roupa de ginástica caminhando com o Terço nas mãos. Eu queria lembrar as pessoas de que sempre há tempo para o Rosário. Não existe desculpa.

Então passei a participar do dia-a-dia da Igreja e fiz novos amigos, já que os primeiros, do escritório, jamais me ligaram nem pra saber se eu estava viva ou precisando de alguma coisa. E o tal namoradinho ainda fez questão de me esfregar outra garota na cara o mais que pôde. De que tinha valido tanta lua cheia, violão e romance? Nem respeito por mim ele conseguia ter! Naquela solidão radical eu fiquei pensando no que eu tinha por valores, quanto tempo eu gastava dando satisfações às outras pessoas, por que eu superestimava ser a "fofa, querida, gracinha" na boca dos outros e de que isso me valia no final das contas... Qual era o sentido da minha vida, afinal? Meu dinheiro estava no limite. Às vezes eu tinha de racionar pão. Tudo estava muito estranho... Tudo em que eu acreditava tinha se transformado em fumaça. Nenhuma das minhas velhas teorias poderia explicar ou me socorrer naquela nova situação.

Mas eu fiquei doente por mais muito tempo, sempre alternando "estiagens" e vontade de fazer as coisas. Nessas minhas temporadas na cama eu buscava coisas pra ver, pra me encorajar... Já que eu não queria conversar com as pessoas e ter de explicar o que nem eu mesma compreendia. Foi numa dessas, naqueles vídeos relacionados que eu achei o Padre Paulo Ricardo. Vi um vídeo, gostei, mesmo que ele me parecesse "duro demais" e até mesmo fanático. Mas existia algo diferente naquele Padre: ele tinha AUTORIDADE. Digo isso não somente pelo incrível domínio teórico e por citar as fontes e documentos oficiais com precisão, mas era outro tipo de autoridade, aquilo só poderia ter sido dado pelo próprio Deus. Eu entendi isso com a alma, mais que apenas com a razão, por isso ele me convenceu. Em pouco tempo via playlists inteiras e aquela musiquinha inicial já me aquecia o coração. Sou muito grata a Deus também por ter enviado o Padre Paulo para ajudar a mim e a muitos como eu. Nós só amamos verdadeiramente aquilo que conhecemos, então este Padre tem o carisma de alimentar nossa fé através do conhecimento. Muita gente se prende apenas ao plano teórico e continua a ser um descrente com muitas informações. Discutem, se posicionam, mas não amam ou vivem aquilo de que falam. É importante usar o conhecimento como uma poderosa ferramenta vivificadora da fé. Às vezes é preciso ver uma foto para entendermos uma determinada situação, o Padre Paulo nos revela através de "imagens teóricas" aquilo que vemos com pouca definição. Hoje rezo com mais fé porque entendo que isso tem real importância e valor, mesmo com meus limites. Também sinto mais paz e segurança porque esse conhecimento otimizou meu tempo de oração: entendo o que devo temer e o que não, isso muda muito o foco.

Passei cinco meses sem trabalho, e finalmente voltei pra minha casa. Vivi um tipo de retiro espiritual onde eu menos poderia imaginar... Voltei outra, menos ruidosa, mais obediente, estudiosa, centrada, de olho nas necessidades alheias e sobretudo FELIZ! Eu entendi que o Amor é a origem da própria vida, ou seja, é a alma do próprio Deus. O amor humano é sua imagem e semelhança. Felicidade é uma escolha definitiva pelo Amor. E a alegria é a consequência de tudo isso!
Hoje eu consigo trabalhar melhor que antes, viver minha vida e sonhos com a certeza de que Deus sonha e realiza tudo comigo. Ajudo e amparo muitas pessoas com essas coisas que aprendi estudando, sofrendo e rezando. Aprendi o valor da penitência, intercessão, fé e, sobretudo, da obediência.

Pra ser livre é preciso ter regras. Se não as tem você é escravo dos seus sentidos e ignorância. A santa obediência ensina muito aos que buscam a humildade e a ela se submetem. Vejo que muitos dos meus amigos inteligentíssimos não compreendem a Deus porque seus ricos vasos estão sempre cheios, e dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Deus espera que nos esvaziemos de nós mesmos pra poder entrar. Ele não nos invadiria nem para nos salvar. Este é o verdadeiro sentido da liberdade que Ele nos deu.
Uma profunda fé em Deus coloca TUDO em justa perspectiva. Depois que o centro se alinha as coisas tomam seus devidos lugares e proporções.

L.B.

padrepauloricardo.org/blog/

Virgem Maria de Guadalupe



Perfeita, sempre Virgem Santa Maria, Mãe do verdadeiro Deus, por quem se vive. 

Tu, que na verdade és nossa Mãe compassiva, te buscamos e te aclamamos. 

Escuta com piedade o nosso pranto, as nossas tristezas. 

Cura as nossas penas, misérias e dores. 

Tu que és nossa doce e amorosa Mãe, acolhe-nos no aconchego do teu manto, no carinho dos teus braços. 

Que nada nos aflija nem perturbe o nosso coração. 

Mostra-nos e manifesta-nos o teu amado Filho, para que com Ele encontremos a nossa salvação e a salvação do mundo. 

Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, faz-nos mensageiros teus, mensageiros da palavra e da vontade de Deus. Amém!