terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Oração de Ano Novo


Senhor Deus, Pai de bondade, Senhor da história, do tempo e da eternidade. 
Mais um ano chega ao fim e às portas do novo as oportunidades e sonhos se renovam;

A vida é sempre feita de escolhas e possibilidades, e, são justamente elas que nos fazem acreditar que o amanhã que está por vir será melhor do que o ontem que passou;

Te agradeço Senhor por tudo o que tens feito por mim, pelo água, pelo ar, pela luz, pelos dons, pela vida, pelos meus, enfim, por tudo. 
Agradecer é reconhecer que tudo vem de Vós e a Ti devemos nossa ação de graças;

Ano novo, nova vida, novos sonhos, novos projetos, novas expectativas. 
Renova Senhor em mim o dom da fé, da esperança e da caridade. 
Faz com que eu veja em cada dia do ano que está por vir uma oportunidade de ser melhor, de mudar, de ajudar, de crescer. 
Faz Senhor com que eu busque mais amar, que eu busque mais me colocar na Tua presença e só assim poder concretizar tudo aquilo que desejo no fim deste ano;

Enfim Senhor, olha por todos aqueles que me destes e que me são tão caros, 
olha por aqueles que nos ajudam, 
olha por aqueles que estão do meu lado, aqueles que olham por mim e que pedem simplesmente que eu reze por eles. 
Todos eles Senhor são dons que colocastes no meu caminho e aos quais agradeço imensamente. 
Sobre eles, sobre mim e sobre o ano novo te peço Senhor, derrama suas bênçãos hoje e sempre. Amém!


Fonte: Franciscanos



sábado, 28 de dezembro de 2013

Oração à Sagrada Família


Jesus, Maria e José
a Vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje, dirigimos o olhar
com admiração e confiança;
em Vós contemplamos
a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a Vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.

Sagrada Família de Nazaré,
escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes
com uma sábia disciplina espiritual,
doa-nos o olhar claro
que sabe reconhecer a obra da providência
nas realidades cotidianas da vida.

Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração
e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade,
sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,
da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.

Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.

Cada família seja morada acolhedora 
de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.

Jesus, Maria e José
a Vós com confiança rezamos,
 a Vós com alegria nos confiamos.

do Papa Francisco 

Deus é o nosso refúgio

“A onisciência e a onipotência de Deus superam as armadilhas do mal”


O Plano de Deus para a humanidade se cumpre fielmente, apesar dos percalços e entraves que o inimigo tenta colocar para desarticula-lo. 
 Deste modo, nós percebemos que até o Filho de Deus foi vítima da articulação de satanás que agiu por meio de Herodes. Entrementes, a onisciência e a onipotência de Deus superam as armadilhas do mal, pois Ele envia os Seus mensageiros a fim de advertir àqueles que procuram fazer a Sua vontade. 

Por isso, o anjo do Senhor apareceu a José e mandou que ele pegasse o menino e sua mãe para fugir da fúria do rei. José obedeceu e partiu para o Egito onde permaneceu até a morte de Herodes. 
Apesar disso, as crianças de Belém sofreram as consequências da cólera do rei que mandou matar todas as que tinham de dois anos para baixo. 

Do mesmo modo acontece, hoje, nos nossos dias. 
O demônio continua tramando e montando armadilhas para que os filhos de Deus caiam e se submetam às suas investidas, tentando-os e flagelando-os com o pecado. 

Somente aqueles que estão em sintonia com Deus, que obedecem à Sua Palavra e creem verdadeiramente em Jesus conseguem se livrar das astúcias do inimigo. 

Por isso, hoje, vemos tantos jovens com a vida destroçada, tantas famílias em desarmonia, guerra, fome, miséria. 

O pecado devasta o mundo e se não tivermos firmados nos ensinamentos evangélicos, nós iremos sucumbir com ele. 

Hoje também os inocentes pagam o preço da insanidade dos “reis” que procuram vítimas para suas frustrações. 
No entanto, nunca poderemos esmorecer, pois o anjo do Senhor está perto e na hora precisa, também ele nos dirá: “Levanta-te e vai para o Egito”. 

O Egito é lugar de penúria, de solidão, mas é também lugar de purificação, onde nós nos encontramos conosco mesmos e com Deus, e depois, retornamos para encontrar os irmãos. 

– Você tem sabido escutar a voz do Senhor que o chama ao deserto? 
– Você tem sofrido as consequências do pecado? 
– Você acredita que o inimigo de Deus está atento para atrai-lo? 
– Você tem buscado refúgio na Palavra de Deus e na oração? 

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Visite meus amigos, Jesus!


Estou cansada, Pai! Nem saberia bem o que dizer. 

O ano findou! Fiz o que pude, mas ainda restaram 
alguns sonhos não realizados e projetos inacabados.

Nem saberia o que pedir de presente, neste Natal.

O certo é que quero dormir, quero silêncio, paz e sonhar!

Quero uma noite pontilhada de estrelas e os olhos da alma 
bem atentos para perceber o Teu divino mistério.

Desejo também, pelo menos, um anjo a cantar!

Conheço minhas limitações e sei que não poderia 
dar atenção a tantos que encontro em meu peregrinar.

Por favor, vê do que cada um dos meus está precisando.

Agradeço pelo sol que já colocou brilho em nossos olhos, 
Mas, talvez, haja ainda um cantinho escuro sofrido para ser visitado.

Por favor, dá a meus amigos a alegria de uma visitinha especial, 
na hora adequada, em lugar escolhido, do jeito que for melhor: 

uma inspiração nova, uma idéia luminosa, um carinho de parente ou amigo, 
uma resposta a uma prece... 

afinal, formamos uma ciranda matinal 
e nos reunimos em teu nome, acreditando que somos todos 
filhos muito amados de um mesmo Deus e Pai, 
e nos reunimos em nome de teu querido Filho, 
JESUS ! 

Desde já agradeço! 



© Ir. Zuleides Andrade, ASCJ

É Natal!


É Natal!
Que seja muito significativo para todas as pessoas que fazem parte de nossa vida, pois...
 
“O Natal é um mistério que se celebra hoje, na vida de cada um de nós”. 

Estejamos atentos e abramos as portas para Deus que vem a nós, em forma de criança. 
Deus quer fazer parte de nossa vida.

É Natal! 
Jesus foi o grande presente que o Pai do Céu nos deu... 
Peça um presente a Jesus! Ofereça um presente a Ele. 
Jesus disse: “O que fizeres ao menor dos meus irmãos terei como feito a mim.”

Que encontremos espaço e tempo para ouvir a voz dos Anjos e os apelos de Deus que vêm de diversas formas!
Que o ano 2014 venha cheio de bênçãos, encontros felizes, projetos e sonhos realizáveis!
  
Ore.
Dance.
Cantarole.
Evite barulho.
Ouça Rádio AM
Sorria ao telefone.
Ligue para sua mãe.
Eleve suas expectativas
Vá dormir mais cedo.
Cuide bem de seu corpo.
Tenha uma vida espiritual
Seja gentil com o planeta.
Passe mais tempo sozinho.
Aprenda algo novo a cada dia.
Decore o seu poema favorito.
Leia o que está nas entrelinhas.
Acredite em amor à primeira vista.
Leia mais livros e assista menos a TV.
Envie um presente de Natal para o Triunfo.
Celebre as vitórias para os desafios seguintes.
Tenha metas claras de tempo, energias e dinheiro.
Valorize mais a sabedoria que a genialidade
Ouça o Conversas do Coração
Respeite o seu jeito de ser.
Partilhe seus bens.
Ame!
Ame!

Seja feliz!
Hoje e sempre!


Quando José e Maria foram a Belém, a cidade estava com tanta gente,
que não havia lugar adequado para eles, nas hospedarias.

E Jesus escolheu um lugar pobre, afastado
e silencioso para nascer.

Parece que não mudou muito!
Que haja espaço em sua vida!

Ir. Zuleides Andrade


domingo, 22 de dezembro de 2013

Celebração do Natal em Família




Dirigente: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Estamos mais uma vez reunidos em família, como IGREJA, para celebrarmos o Natal de Jesus Cristo.
Não são as luzes, o colorido das ruas, os enfeites e os presentes, que dão ao NATAL, o sentido real.
Não são as coisas exteriores que fazem o NATAL acontecer.  O NATAL ACONTECE DENTRO DO CORAÇÃO DA GENTE!


Leitor 1: O verdadeiro sentido do NATAL só se concretiza quando o nosso coração e a nossa mente estão abertos para as “coisas do alto”, isto é, para o espiritual que não se vê, que não se toca, mas que acontece, dentro de nós.
Celebrar verdadeiramente o Natal é reviver concretamente a alegria daquela Noite esplendorosa que teve como cenário a simplicidade de uma manjedoura, em um estábulo, nada mais que um abrigo para animais, o único lugar em que José e Maria encontraram para acolherem o Filho de Deus que era esperado como um rei cheio de glória.


Leitor 2: E é isto, a única coisa que o Senhor nos pede: O NOSSO CORAÇÃO para que ele seja uma manjedoura.
A manjedoura é o local onde se coloca o alimento.
E é a Virgem Maria quem, na manjedoura do nosso coração, vem deitar Jesus, o alimento que nos dá vida nova, vida em abundância.
Deus quis chegar de mansinho, em surdina, na simplicidade, como qualquer um de nós, portanto, vamos viver agora as alegrias da Noite de Natal!


Dirigente: Maria e José pedem um lugar nesta casa para que Jesus possa nascer.
E para que Jesus – A SALVAÇÃO – possa acontecer na nossa casa, na nossa família, é preciso primeiramente que ela aconteça no nosso coração.
Façamos, portanto do nosso coração a manjedoura que acolheu Jesus...


Dirigente: O NATAL é uma festa de Amor. Portanto vamos falar do Natal contando uma história de Amor.

Leitor 1:  Existiu na Galileia um homem justo, chamado José, que foi escolhido por Deus para ser o pai adotivo de SEU FILHO JESUS, e esposo de Maria.

Leitor 2: Um dia, a jovem Maria estava rezando quando recebeu um recado de Deus.
O anjo Gabriel lhe anunciou que Ela era a escolhida para ser a Mãe de Jesus, o nosso Salvador.

Leitor 1: O anjo lhe disse: “Ave cheia de graça, o Senhor é contigo…”Não temas., Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus.”

Leitor 2: E continuando a falar , disse o anjo:
 “ O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra…
A Deus nenhuma coisa é impossível”.

Leitor 1: Então disse Maria:
Leitor 2: “ Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”

Dirigente: JESUS vem até nós como o sol iluminando e aquecendo todos os corações, manifestando a glória do Senhor e a grandeza de nosso Deus.
Que não haja em nossa alma qualquer espaço escondido e obscuro, fechado à luz que é Jesus.
Entreguemos a Ele as nossas preocupações, temores, angústias, rixas, para que Ele as transforme em PAZ, AMOR, E ESPERANÇA.

Leitor 1: Hoje, Jesus quer visitar a casa de cada uma das pessoas que aqui estão presentes.
Ele faz um convite para cada um de nós: “Vem e segue-me”.
Atendendo ao seu convite, Ele fará morada no nosso coração.

Todos: Vem Senhor Jesus, ficar hoje e sempre na nossa morada.

*** MOMENTO PARA ORAÇÕES ***

Dirigente: Neste Natal, Jesus está batendo na porta do seu coração e perguntando: “POSSO ENTRAR”? “TEM LUGAR AÌ PRA MIM”?
Jesus quer renascer, mas dessa vez em seu coração e em sua vida. Por isso, juntos vamos fazer uma profunda e piedosa oração.

TODOS: Jesus, eu peço que você entre e tome conta do meu coração, da minha vida e de todo o meu ser. Senhor, eu não quero agir como aquelas pessoas, lá em Belém, que fecharam as portas para Ti. Ao contrário, digo, pode entrar Jesus.
Entra e toma conta de todos os espaços do meu coração, que muitas vezes foram preenchidos por mágoas, ressentimentos, angústias, ódios, impaciências, vinganças, invejas, depressões e ansiedades e outros males próprios da sociedade moderna.


Dirigente: Imbuídos do espírito de fé e de esperança e comovidos pela singeleza do Natal, façamos nossas preces finais para que o nosso Natal seja vivido em toda a sua plenitude.

Leitor 1: Uma família unida hoje e sempre

TODOS: Dai-nos Senhor

Leitor 2: Um Natal que nos ajude a ter mais comunicação e mais amizade entre nós

TODOS: Dai-nos Senhor

Leitor 1: Um Natal de paz e amor

TODOS: Dai-nos Senhor

Leitor 2: Capacidade de acolher e servir

TODOS: Dai-nos Senhor

Leitor 1: Um Natal que traga conforto para os doentes, idosos, crianças abandonadas e todos os excluídos

TODOS: Dai-nos Senhor

Leitor 2: Coragem de denunciar o que fere a vida e ameaça a paz

TODOS: Dai-nos Senhor

Leitor 1: Alegria em viver a nossa fé

TODOS: Dai-nos Senhor

Leitor 2: Paz, unidade e pão para todas as famílias

TODOS: Dai-nos Senhor

Leitor 1: A capacidade de vivermos o ano inteiro no espírito da fraternidade, do amor e do perdão

TODOS: Dai-nos Senhor


Dirigente: Para encerramos nossa celebração e antes dos cumprimentos de Feliz Natal, rezemos juntos a oração que o Senhor nos ensinou.

TODOS: Pai Nosso que estais no céu


Todos se cumprimentam desejando Feliz Natal.


Noite Feliz (2x) Ó Senhor, Deus de amor. Pobrezinho nasceu em Belém. Eis na lapa Jesus nosso bem. Dorme em paz ó Jesus, dorme em paz ó Jesus.
Noite Feliz (2x). Ó Jesus Deus da luz. Quão afável é o teu coração. Que quiseste nascer nosso irmão. E a nós todos salvar e a nós todos salvar.
Noite Feliz (2x) Eis que no ar, vem cantar. Aos pastores, os anjos do céu. Anunciando a chegada de Deus. De Jesus Salvador, de Jesus Salvador!

Dirigente: Em agradecimento a Deus por ter nos dado seu filho Jesus, rezemos a oração do Pai Nosso.
                  
Em agradecimento à Maria por ter aceitado ser a mãe do nosso Salvador, rezemos uma Ave Maria.
                  
Estivemos e estaremos sempre reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
                  A Paz de Cristo! 



Preparando o Natal em Família


Em vista do Santo Natal do Senhor, as igrejas cristãs orientam os fiéis para estreitar os vínculos de amor recíproco, vivido na família – a igreja doméstica. 
...
O verdadeiro sentido da vida reside no sentimento de pertença efetiva na família. 
A vida adquire sentido quando se busca a comunhão e a participação entre as pessoas que se querem bem, não obstante erros e fraquezas de cada um. 
A mensagem do Natal visa integrar os filhos e as filhas de Deus, ainda que estejam dispersos ou afastados. 

Nada supre o convívio de amor no seio familiar!
Por mais que as propagandas comerciais fascinem-nos ou tentem aliciar nosso apetite de consumo, ninguém substitui o calor humano, vivido no encontro entre os membros de uma família. 
Ainda que cercados de benesses materiais, nós chegamos a nos afastar dos parentes, acabando por nos dispersar. 
Nem as comunicações virtuais suprem o sentimento de afeto e de segurança, construído no dia-a-dia do convívio familiar. 
Pouco vale a correria às compras de fim de ano, na tentativa de compensar o afeto e bem-estar que somente se encontra no aconchego de um abraço sincero. 

A verdadeira felicidade não se alicerça no excesso de exterioridades que, cedo ou tarde, deixam o espírito vazio, frustrado.

Não raro sentimos decepção pela falta de motivação para que a família reúna-se. 
Um bom almoço pode ajudar, mas não podemos trocar as pessoas pelas coisas. 
Não se vai à casa de alguém por causa de comida e sim pelas pessoas a quem se quer bem. 
Essa é a lógica espiritual que nos aproxima da ceia do Senhor, a mesa da comunhão eucarística, sinal de unidade, vínculo de amor. 

Receber a comunhão não é prêmio, mas é força, é vigor, é remédio, é conforto para quem precisa se encontrar na vida, encontrar-se com os outros e se integrar numa comunidade, numa família.

Provocações, intrigas, divisões entre as pessoas, entre comunidades e povos resulta da ausência do cultivo da espiritualidade do amor partilhado. 
O medo da verdade condena-nos à escravidão do egoísmo. 
O medo de se libertar das mentiras da existência é o medo de amar de verdade! 

Somente o amor efetivo, encarnado, cultivado em momentos especiais, pode reverter o comportamento adverso, agressivo, suspeito, negativo. 
Foi exatamente isso que o Cristo veio trazer à humanidade! 
Ele se encarnou por nós e por nossa salvação da mentira, do ódio, das divisões.

Enquanto Cristo veio como luz dos povos, há gente por aí que insiste em apagar o brilho dos outros para que brilhe somente sua estrela. 

A mania de tirar vantagem sobre os outros, a excessiva preocupação com a imagem e sucesso pessoal, o despreparo para conviver em sociedade, o egoísmo, a inveja, os ciúmes, enfim, as misérias de nossas vaidades, não deixam espaço para o amor e a verdade de Deus. 

Enfrentemos as contradições da sociedade de consumo que prescinde dos valores espirituais sem agredir ou se julgar melhor que alguém. 

Aprendamos em tudo a amar e a servir pela palavra e pelo exemplo.

Por Dom Aldo Pagotto - Arcebispo da Paraíba (PB)


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Oração para o Natal


Eterno Pai, para selar uma nova e eterna Aliança de Amor, com vossos filhos, através de Maria, nossa Mãe, enviaste-nos o vosso Filho Unigênito. 
Concedei-nos que, pela intercessão daquela que preservastes de toda mancha, preparemos digna morada para o Salvador que veio a este mundo para implantar o vosso reino de amor, de justiça e paz.

Nós vos oferecemos, ó Pai, para a vossa maior glória, os sofrimentos da Santíssima Virgem e de São José na longa jornada de Nazaré a Belém; oferecemos igualmente as angústias de seus corações por não acharem abrigo, quando se aproximava o nascimento do redentor do mundo.

Aceitai, pelas mãos de Maria, os trabalhos, lutas e sofrimentos de nossa jornada diária, para que Cristo encontre os corações de todos os homens abertos e receptíveis e neles possa renascer pela graça. 

Querida Mãe, unidos a Vós, no silêncio e recolhimento, esperamos com grande anseio a vinda do Salvador.

Despertai em nós profunda gratidão para com o Pai Celestial, que repousou seu olhar sobre vós e vos escolheu para dar à luz a Cristo, a fim de que nele a humanidade possa retornar a seu coração paternal.
Mãe, preparai a nós e a nossa família para a vinda de vosso Filho. Amém!

sábado, 14 de dezembro de 2013

O primeiro, o último, o único Natal


O Natal é muito mais que a celebração nostálgica de um acontecimento que nos é familiar.
Cada ano somos convidados a vivê-lo como se fosse o primeiro Natal; somos chamados a celebrá-lo como se fosse o último Natal; devemos nos preparar para ele como se fosse nosso único Natal.

Para os que não aceitam Jesus Cristo como Filho de Deus e Salvador, o Natal é, simplesmente, uma festa que lhes recorda momentos da infância marcados por expectativas, presentes e apelos à confraternização. 

Boas festas!, repetirão a parentes e amigos. Haverá mais alegria em seus lares e nascerá a doce convicção de que os homens são melhores do que se pensa; falta-lhes, tão somente, a devida oportunidade para manifestarem sua bondade.

Para os que aceitam Jesus como Senhor, atualiza-se o convite para assumir o gesto de Maria e de José, dos pastores e dos magos do Oriente. 
Sentem-se chamados a abrir as portas de seu coração para o Filho do Altíssimo que faz, de cada cidade e de cada coração, uma nova Belém.

O Natal é a comprovação do amor do Pai por nós. 
Ele nos dá um dom; melhor: se faz dom em Jesus. Pede-nos, em troca, a transformação de nossa vida. 
Jesus vem até nós para que tenhamos a capacidade de acolher a todos como irmãos, dando uma atenção especial ao pobre e ao excluído da sociedade, isto é, aos que não têm condições de se defender sozinhos ou de fazer valer seus direitos. Deseja também que o acolhamos como Salvador, não admitindo outros “deuses” em nossa vida.

Permaneceremos sempre livres. 
Poderemos desviar-nos de seus caminhos, construindo nossas estradas e seguindo nossas próprias estrelas. Deus, que nos criou livres, respeitará nossas decisões; não nos impedirá de escolher o mal, mesmo que, dessa forma, contrariemos seus planos e impeçamos a construção da civilização do amor. 

Vinte e seis séculos atrás, o profeta Isaías, surpreso, perguntou: “Por que nos deixaste andar longe de teus caminhos?” (Is 63,17). 
Tempos depois, o evangelista João chamou nossa atenção para a rejeição de Deus por parte da humanidade: “No princípio era o Verbo... Todas as coisas foram feitas por ele... A luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a compreenderam... Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1,1.3.5.11). 
Outro evangelista, Lucas, foi mais explícito: registrou que a primeira casa do Salvador foi uma gruta, e seu berço, uma manjedoura, já que não havia lugar para ele na cidade (cf. Lc 2,7).

Estudiosos do futuro procurarão saber como a geração atual preparou e viveu o Natal deste ano: 
* soube acolher o Menino que lhe foi dado? Ou, como os habitantes de Belém há dois mil e sete anos, ficou envolvida com suas ocupações rotineiras? 

Lançando um olhar sobre nossa cidade e nossa família, e procurando interpretar o que se passa no coração de nossos contemporâneos, perguntemo-nos: 
* é clara, em todos, a consciência de que cada Natal é único?

Neste Natal de 2013 “um Menino nos é dado” (Is 9,5). Saibamos acolhê-lo, amá-lo e adorá-lo.

Adaptação: Dom Murilo S. R. Krieger, scj
Arcebispo de Florianópolis

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Renovem suas forças

Isaías 40, 25-31 – “Os que esperam no Senhor renovam suas forças”


O mesmo Deus que criou todas as coisas, que é cheio de majestade, que expressa em números o exército das estrelas e sabe o nome de todas é também o que dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor de quem está enfraquecido. 
O Deus que nos chama pelo nome, que se ocupa conosco e quer nos fazer felizes é o mesmo que deu beleza às coisas criadas e tem o olhar voltado para cada um de nós, não importando se somos bons ou somos maus. 
Muitas vezes, porém, nós nos deparamos dizendo a mesma coisa que Jacó e Israel na leitura: “minha vida ocultou-se da vista do Senhor e meu julgamento escapa ao do meu Deus”. 
 Sentimo-nos abandonados (as) no meio do tiroteio da nossa vida e entendemos que o Senhor esqueceu-se de nós. 
Falamos que confiamos no Senhor, mas não temos paciência de esperar a Sua intervenção no momento certo. 
Se, portanto, esperamos no Senhor, não temos o direito de desanimar nem desesperar, porque Ele renova as nossas forças e nos dá asas para voar. 
Não podemos nos esquecer de que o Senhor nos conhece por inteiro e nos dá a capacidade de que necessitamos para continuar a nossa caminhada aqui na terra. 
Este é um tempo propício para que recuperemos a nossa esperança de uma vida mais santa e nos apossemos da graça de Deus que nos levará a correr sem nos cansar e a caminhar sem parar, confiando na Sua proteção. 

Pensemos:

- Como está a sua disposição para começar um novo ano? 
– Você está confiante de que Deus que o criou, pode também dar a você amparo e proteção? 
– Você conta com Ele nos seus propósitos e planos? 

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Te agradeço, Senhor!


Eu te agradeço Senhor:

Pelas vezes em que eu me perdi,
e o Senhou me achou;

Pelos erros que cometi,
e o Senhor perdoou;

Pelas vezes que me entristeci,
e o Senhor me alegrou;

Pelas lágrimas derramadas,
que o Senhor enxugou;

Pelas vezes que me enfureci,
e o Senhor me acalmou;

Pelas vezes que te ofendi,
e o Senhor me revelou seu amor;

Pelas vezes que me afastei,
e o Senhor me encontrou;

Pelas vezes que quase caí,
e o Senhor me salvou;

Por esta chance de ir em frente,
de ser feliz.

Agradeço por estar vivo, por existir.

Pela esperança,
que me dá forças para prosseguir.

Eu te agradeço por estar comigo.

Em todos os instantes da minha vida.

Amém!

Marcony Jahel

Arvoreando


Uma das coisas que eu acho fascinante em
Jesus, é a capacidade que ele tinha de encontrar
no meio da multidão, pessoas.
Ele era capaz de reconhecer em cima de uma
árvore um homem, e descobrir nele um amigo.

Bonito uma amizade que nasce a partir da precaridade,
quando você chega desprevenido, o outro viu o que
você tem de pior, e mesmo assim, ele se apaixonou
por você.

Amor concreto, cotidiano, diário.
Jesus se apaixonava assim pelas pessoas e as
tornava suas amigas.
As trazia para perto Dele.

É fascinante olhar para a capacidade que esse
homem, que esse Deus tem, de investigar a
miséria do outro e encontrar a pedra preciosa
que está escondida.

Isso é Páscoa, isso é ressureição.
É quando no sepulcro do nosso coração alguém
descobre um fio de vida, e ao puxar esse fio,
vai fazendo com que a gente se torne melhor.

Não há nada mais bonito do que você ser
achado quando está perdido.
Não há nada mais bonito do que você ser
encontrado, no momento que você não sabe
para onde ir e não sabe nem onde está...

O amor humano tem a capacidade de ser o
amor de Deus na nossa vida por causa disso:
porque ele nos elege.

Por isso que é bom termos amigos, porque na
verdade, as pessoas amigas antecipam no
tempo, aquilo que acreditamos ser eterno...


Quando elas são capazes de olhar para nós e
descobrir o que temos de bonito.
Mesmo que isso, às vezes costuma ficar
escondido por trás daquilo que é precário.


Por isso agradeço muito a Deus pelos amigos
que tenho.
Pelas pessoas que descobriram no que eu
tenho de pior, uma coisinha que eu tenho de
bom, e mesmo assim continuam ao meu lado,
me ajudando a ser gente, 
me ajudando a ser mais de Deus, 
me ajudando a buscar dentro de mim, 
a essência boa que acreditamos que
Deus colocou em cada um de nós.

Ter amigos, é como "Arvorear", lançar galhos,
lançar raízes... para que o outro quando olhar
a árvore, saiba que nós estamos ali...

Que nós permanecemos para fazer sombra,
para trazer ao outro, um pouco de aconchego
que às vezes ele precisa na vida!...

Padre Fábio de Melo


domingo, 8 de dezembro de 2013

Me perdoe!


" Meu Deus, me perdoe pela pressa quando falo contigo. 

Me perdoe por todos os momentos que pude agradecer, mas não agradeci. 

Me perdoe por dar mais tempo a internet, do que a Você. 

Me perdoe por palavras que poderia dizer para confortar alguém, e não disse. 

Me perdoe por comprar as minhas coisas e não ofertar a Ti. 

Me perdoe pelas músicas que ouço e que não acrescentam nada em minha fé. 

Me perdoe, Senhor, por estar mais preocupada comigo mesma do que com seu Reino. 

Me perdoe pelo meu egoísmo, pela minha preguiça, pelos meus pensamentos, pela minha gula... 

Me perdoe por colocar tudo em suas mãos, mas me preocupar mesmo assim. 

Eu te amo".


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Oração

Senhor, nosso Deus, que se fez humano e menino, para melhor ser Deus e estar ‘no meio e nós’, fazei que possamos revelar no cotidiano, por sonhos, desejos, palavras e gestos, a centelha divina que nos faz imagem e semelhança da Trindade e sermos, assim, sinal vivo da presença do vosso amor no meio dos homens, nossos irmãos, em especial nos lugares e entre aqueles que mais necessitam desse amor.

Senhor nosso Deus, que, por ser amor, quis ser Trindade, e que, por ser Trindade é, desde sempre, família; abençoa nossas famílias.
Abençoai a cada um de nós que inicia  nessa caminhada.

Semeai em nosso coração os dons da fé, da esperança e da caridade. E que os frutos sejam abundantes na seara da nossa vida.
Ensinai-nos a crer para ver. 
E que, vendo e crendo, tenhamos a coragem de sermos testemunhas do vosso amor, assim como vosso servo, o Papa Francisco, com quem e por quem rezamos a vós.
Abençoai a nossa comunidade e a cada um de nós, ensinando-nos a amar como nos amais, sem cobranças ou condições, a não ser o próprio amor. Amém!

Parábola - A sentinela


Era uma vez uma pequena e antiga povoação, presidida por um castelo ainda mais velho, que estavam situados na fronteira de um país distante, ao lado de um grande deserto. Tanto o povo como o castelo eram muito tristes, porque raramente passava alguém perto deles. De vez em quando pernoitavam por ali estranhas caravanas ou viajantes solitários, mas, no fim de descansarem e de se alimentarem, partiam de novo, deixando os habitantes da povoaçãozita e do castelo com a sua tristeza.

E assim, até que um dia chegou um mensageiro do rei da nação e informou de que, na corte, se tinham recebido noticias de que Deus em pessoa vinha àquele País, se bem que, ainda não se soubessem que cidades e zonas visitaria. Mas era provável ou, pelo menos, possível que passasse pela nossa povoaçãozita. Por isso, o povo e o castelo deviam preparar-se para receber Deus tal como Ele merecia.

Isto encheu de entusiasmo as autoridades, que mandaram reparar as ruas, limpar as fachadas, construir arcos triunfais, encher de tapeçarias e colgaduras as varandas. E, sobretudo, nomearam como sentinela o habitante mais nobre da aldeia. Esta sentinela tinha como obrigação viver na torre mais alta do castelo e dali olhar constantemente o horizonte, para dar logo que possível a notícia da chegada de Deus.

A sentinela recebeu o encargo com orgulho: nunca em sua vida tinha feito algo tão importante. E dispôs-se a permanecer firme na torre com os olhos bem abertos. “Como será Deus”? perguntava a si mesmo. “E como virá? Talvez com um grande exército? Quem sabe se com uma corte de carros majestosos"? Nesse caso, dizia-se, será fácil adivinhar a sua chegada quando ainda estiver longe.

Durante as vinte e quatro horas do dia e da noite não pensava noutra coisa, permanecia em pé e com os olhos bem abertos. Mas, tendo passado alguns dias e noites, o sono começou a importuná-lo e pensou que não aconteceria nada se desse umas “cabeçadas” porque, como Deus viria precedido por som de trombetas, nesse caso, despertaria.

Passaram não só dias, mas também semanas e, as pessoas da pequena povoação regressaram à sua vida diária e começou a esquecer-se a vinda de Deus. A próprio sentinela dormia já tranquila as noites inteiras e nem se dedicava a pensar só naquela espera porque pensava em todas as outras coisas.

Passaram não só as semanas, mas também os meses e inclusive os anos e ninguém na povoação ligava importância àquele anúncio. Inclusive, num ano de muita fome, a povoação foi desfilando, uns atrás dos outros para terras mais prósperas. Ficou só a sentinela, ainda na torre, esperando com uma esperança muito débil. Passaram exércitos e caravanas que, por uns momentos, alumiavam os seus sonhos, mas nenhum era o exército ou as caravanas de Deus.

E a sentinela começou a pensar: “Para que vem Deus? Este povo nunca teve interesse nenhum e agora, sem quase ninguém, muito menos. Se viesse porque ficaria precisamente neste castelo tão insignificante? Mas, como lhe deram essa ordem e como essa ordem lhe tinha levantado a esperança, a sua decisão de permanecer era mais forte que as suas dúvidas.

Até que uma vez, deu-se conta de que, com o passar dos dias e dos anos, estava a envelhecer e as suas pernas resistiam a subir as escadas da torre. Sentia os seus olhos fecharem-se de cansaço, apenas via a morte a aproximar-se. E não pôde evitar que da sua garganta saísse uma espécie de grito: “Passei toda a vida esperando a visita de Deus e morro sem vê-lo”. Então, justamente nesse momento, ouviu uma voz muito terna por detrás de suas costas. Uma voz que dizia: “Mas não me conheces”? Então a sentinela, mesmo sem ver nada, saltou de alegria dizendo: “Oh, já está aqui! Porque me fizeste esperar tanto? E por onde vieste que não te vi”? Ainda com maior doçura a voz respondeu: “Sempre estive perto de ti, a teu lado, mais ainda: dentro de ti. Precisaste de muitos anos para dares conta disso. Mas agora já o sabes. Este é o meu segredo: estou sempre com os que me esperam e só os que me esperaram, podem ver-me”.

Então a alma da sentinela encheu-se de alegria. Velha e quase morta, como estava, voltou a abrir os olhos e ficou olhando, amorosamente, o horizonte.

Esta é a fábula de que lhes falei ao princípio. O texto que São Lucas escreveu no capítulo 18,8 de seu Evangelho que tanto me fez tremer ao ver a paganização do Natal, é este: “Mas, quando vier o Filho do Homem, encontrará fé na terra?” Porque pode acontecer que, quando voltar, já não haja ninguém na torre.

J. LUIZ MARTIN DESCALZO

domingo, 1 de dezembro de 2013

E eu, o que espero?


Hoje, primeiro domingo de Advento, a Igreja começa um novo Ano litúrgico, um renovado caminho de fé que, por um lado, faz memória do evento de Jesus Cristo e, por outro, se abre ao seu cumprimento final. 
E é precisamente desta dúplice perspectiva que vive o Tempo de Advento, olhando quer para a primeira vinda do Filho de Deus, quando nasceu da Virgem Maria, quer para o seu retorno glorioso, quando vier «para julgar os vivos e os mortos», como dizemos no Credo. 
Sobre este tema sugestivo da «expectativa» agora gostaria de meditar brevemente, porque se trata de um aspecto profundamente humano, em que a fé se torna, por assim dizer, um só com a nossa carne e o nosso coração.

A expectativa, a espera é uma dimensão que atravessa toda a nossa existência pessoal, familiar e social. 

A espera está presente em mil situações, desde as mais pequenas e banais, até às mais importantes, que nos empenham total e profundamente.
Entre elas, pensamos na espera de um filho da parte de dois esposos; 
na espera de um parente ou de um amigo que vem visitar-nos de longe; 
pensamos, para um jovem, na expectativa do êxito de um exame decisivo, ou de um colóquio de trabalho; nos relacionamentos afetivos, na espera do encontro com a pessoa amada, da resposta a uma carta, 
ou do acolhimento de um perdão... 

Poder-se-ia dizer que o homem está vivo enquanto espera, enquanto no seu coração estiver viva a esperança. 
É das suas expectativas que o homem se reconhece: a nossa «estatura» moral e espiritual pode ser medida a partir daquilo que aguardamos, daquilo em que esperamos.

Portanto, cada um de nós, especialmente neste Tempo que nos prepara para o Natal, pode perguntar-se: e eu, o que espero? 
Para que propende, neste momento da minha vida, o meu coração? 
E esta mesma interrogação pode fazer-se a nível familiar, comunitário e nacional. 
O que esperamos, juntos?
O que une as nossas aspirações, o que as liga? 

No tempo precedente ao nascimento de Jesus, era extremamente intensa em Israel a espera do Messias, ou seja, de um Consagrado, descendente do rei David, que finalmente teria libertado o povo de toda a escravidão moral e política, instaurando o Reino de Deus. 
Mas jamais ninguém teria imaginado que o Messias pudesse nascer de uma jovem humilde como era Maria, noiva do justo José. 
Nem sequer ela mesma jamais teria pensado, e no entanto no seu coração a expectativa do Salvador era tão grande, a sua fé e a sua esperança eram tão fervorosas, que Ele pôde encontrar nela uma mãe digna. 

De resto, foi o próprio Deus que a preparou, antes dos séculos. 
Existe uma misteriosa correspondência entre a espera de Deus e a de Maria, a criatura «cheia de graça», totalmente transparente ao desígnio de amor do Altíssimo. 

Aprendamos dela, Mulher do Advento, a viver os gestos quotidianos com um espírito renovado, com o sentimento de uma profunda expectativa, que só a vinda de Deus pode cumular.

Bento XVI

Uma cruz



"O frei Filipe leva a cruz da Rosário!"
"Não. A cruz da Rosário não a posso levar. Quanto muito, esta cruz pode-me lembrar a cruz da Rosário e rezar por ela".
....
Nós, cristãos, não poderíamos ter outro símbolo que nos dissesse tanto. É da cruz que Cristo reina, é na cruz que nós encontramos o conforto e a esperança para os nossos sofrimentos e para os sofrimentos do mundo. 

Já que não nos podemos crucificar, ao menos podemos agarrar-nos ao Crucificado e à sua cruz.
A cruz leva-nos ao amor de Deus. 
A cruz leva-nos ao sofrimento do outro. A cruz dos outros faz de nós Cireneus.

Hoje, sexta-feira, no hospital, deparei-me com várias cruzes: confissões, preocupações, angústias, dores... uma senhora numa cama, já ausente, que entrega a sua vida a Deus, como Jesus o fez. Filhas preocupadas com a saúde da mãe, cada vez mais frágil. Curiosamente outras filhas também preocupadas com o pai. 

Sinto que a minha humilde e pobre ajuda é a de ser Cireneu. 
Ajudar, mais com a oração do que com as palavras, a que entremos nestes mistérios que nos assaltam. 

Não vale a pena muitas perguntas; aceitar a cruz é a resposta.
A mais antiga oração de Sexta-feira, que nós conhecemos, é muito pequena. Diz somente isto: "Nós te adoramos e bendizemos ó Cristo, porque com a tua cruz remiste o mundo".

Fr. Filipe, op

"Não busquem consolos humanos. Consolem-se apenas em Deus, por meio da oração."

Quando o Natal se aproxima...


Enquanto aguardamos as “festas de fim de ano”, nós vivemos numa perspectiva venturosa e promissora. 

O tempo em que estamos vivendo, normalmente, já é um tempo de preparativos, de arrumação e de expectativa. É nessa época que costumamos providenciar algumas coisas que estão faltando, na nossa casa, no nosso guarda roupa, na nossa garagem, etc. etc. 

 Enquanto aguardamos as “festas de fim de ano”, nós vivemos numa perspectiva venturosa e promissora. 

No entanto,precisamos também a preparar a casa da nossa alma e do nosso coração para esse tempo feliz. E nos recomenda com palavras bem claras: “é hora de despertar. A noite já vai adiantada, o dia vem chegando”! 

É hora de acordar para perceber o que precisa mudar na nossa vida, nas nossas atitudes, na nossa maneira de nos comportar. A salvação de Jesus bate à nossa porta, o reino de Deus está próximo, no entanto, só iremos experimentá-lo se, realmente, abraçarmos a fé. 

Precisamos perceber se as nossas ações são provenientes das trevas ou se elas estão dando testemunho da luz de Jesus. 
Muitas pessoas no tempo do Natal refletem um semblante de tristeza e melancolia porque ainda não entenderam o verdadeiro sentido desta celebração. 

O Natal é tempo de renovação espiritual para acolher mais uma vez Aquele que veio nos tirar, das situações de tristeza e de desânimo. 
Quando vivenciamos o Natal somente na “glutoneria (que é comer exageradamente) e na bebedeira, nas orgias sexuais, imoralidades, brigas e rivalidades”, como diz São Paulo, nós nos tornamos infelizes e permanecemos nas trevas da tristeza, da depressão, do fracasso, do medo. 

Despojemo-nos, pois, das ações das trevas e procedamos honestamente como em pleno dia. Vivamos um Natal diferente, cuidemos do nosso corpo, mas não nos esqueçamos de arrumar a manjedoura do nosso coração. 

Jesus está chegando mais uma vez e dando-nos a oportunidade de ficar para sempre na nossa vida. 

Reflitamos:
– Como você está se preparando para “as festas de fim de ano? 
– Você já percebeu que a noite está adiantada e logo virá o dia claro? 
– Você está preparado para viver esse dia? 
– Para você o que significa Natal?

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