quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Oração de final de ano


Senhor Jesus, nesta última noite do Ano, depositamos diante de Tua manjedoura 
todos os nossos sonhos,
todas as nossas lágrimas e 
todas as esperanças contidas em nossos corações.

Pedimos por aqueles que choram sem ter quem lhes enxugue uma lágrima. 

Por aqueles que gemem sem ter quem escute seu clamor.

Suplicamos por aqueles que Te buscam sem saber ao certo onde Te encontrar.

Para tantos que gritam paz, quando nada mais podem gritar.

Abençoa, Jesus Menino, cada pessoa do planeta Terra, colocando em seus corações um pouco da luz eterna que vieste acender na noite escura de nossa fé.

Fica conosco, Senhor!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Oração para um novo caminho


Ó Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo! Deus bendito, poderoso, Deus do impossível!
Ó Deus que tudo sabes e que providencias o tempo e a hora.

Dá-nos:
- Entendimento, para entender os Teus sinais.
- Esperança, para não esmorecer, desanimar, arrefecer.
- Alegria para contagiar, exultar, vibrar, alegrar.
- Discernimento para distinguir as coisas no momento certo.
- Prudência para não atropelar as Tuas resoluções.
- Serenidade no agir, no falar e até no silenciar.

Dá-nos também:
– Um coração sincero, transparente, aberto, disponível.
- Um coração simples, descomplicado que tenha em si, somente a Tua Verdade.

Senhor, não nos deixes sucumbir diante dos nossos inimigos que são os Teus inimigos. 
Afasta de nós, as sombras da vaidade, da cobiça, do orgulho e do egoísmo. 
Retira tudo que em nós houver de negativo, de divisão, de orgulho, de obstinação. 
Não nos deixes parar quando tivermos que caminhar e quando for preciso parar, que não insistamos em caminhar. 

Dá-nos a direção segura, firme, oportuna.
Senhor, que a Tua Luz em nós faça-nos iluminar a muitos. 
Renova em nós o dom do consolo, da misericórdia, da escuta ao irmão. 
Adestra o nosso coração para o exercício do amor eterno, infinito, indiviso, forte, verdadeiro, santo, fiel. 
Que possamos espalhá-lo no mundo, por onde andarmos, a partir da nossa casa e da nossa família. Ressuscita-nos, Senhor! Transforma e sublima em nós, toda ingratidão, toda dor, todo sofrimento, em AMOR! 
Ensina-nos a Amar – por Ti. Ensina-nos a amar com o Teu Amor.
Dá-nos, Senhor, a graça de TUDO FAZER POR AMOR.
E assim contemplarmos na Terra a Glória do Céu.

Amém!

do site: Um novo caminho


quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Feliz Natal!


O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor.

Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.

O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.

Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.

Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.

A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.

Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor.

A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor.

Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos.

A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.

O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.

O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos.

Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.

A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado.

Papa Francisco

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Hoje, nasceu para nós o Salvador!




Animador: Irmãos e irmãs, podemos nos alegrar e fazer festa, pois a Santíssima Trindade nos une no Amor e quer que nós vivamos em comunhão entre nós, por Amor. Por isso, com alegria, iniciemos nossa Celebração, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém. Bendita seja a Santíssima Trindade, presente em nós e no meio de nós.
Animador: É graça de Deus podermos estar aqui, reunidos, celebrando o Natal do Senhor entre nós, pois foi Ele mesmo quem disse: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles.”
Todos: Somos o seu povo reunido e Ele está no meio de nós!

Anim: Supliquemos pela vinda da Luz. Que Ela possa iluminar toda a nossa Vida, para que nós andemos nos Caminhos da Paz e da Verdade.
Todos: Senhor, enviai vossa Luz e vossa Palavra, para que as trevas jamais dominem sobre nós.
A pessoa responsável pela casa acende a vela, que está perto do Menino Jesus, dizendo:

Responsável pela casa: Bendito sejas, Deus da Vida, por esta grande notícia: Hoje nasceu o Salvador do mundo!
Todos: Hoje uma luz brilhou para nós! Hoje nasceu nosso Deus e Senhor!
Então uma pessoa lê diretamente da Bíblia = Lc 2,1-14
Leitor 2: Proclamação do nascimento de Jesus Cristo, segundo o evangelista Lucas.
Após a leitura, ir passando a vela de mão em mão, em silêncio, enquanto todos vão meditando sobre o significado da Luz de Deus que brilha em nós graças o nascimento de Jesus. Ao final, coloca-se a vela perto do menino Jesus, e faz-se a seguinte reflexão:

Anim: Na gruta de Belém, numa manjedoura repousa o recém-nascido Jesus no aconchego de Maria e José.

Mulheres: O clima é de suave alegria e profunda emoção. Maria conhece o mistério que ali acontece e mantém-se em atitude de contemplação.

Homens: Jesus é o Filho de Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é a prova do amor de Deus por todas as pessoas.
Todos cantam:
Noite feliz! Noite feliz!
Ó Senhor, Deus de amor! / Pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem. //Dorme em paz, ó Jesus!//

Anim: Bendito sejas tu, Senhor, Deus da vida, que de forma admirável quiseste assumir nossa condição humana, tornando-nos filhos da luz.
Todos: Glória a Deus no mais alto dos céus.

Todos: Jesus, fortalece a nossa fé, a fim de que nos deixemos guiar por ti. Faze com que os nossos corações se abram em amor para os outros e que o nosso lar seja o lugar para celebrarmos a reconciliação, o perdão e o amor.
Aumenta, Senhor, nossa alegria nesse Natal e no novo ano que se aproxima.
Todos: Pai nosso... Ave Maria...

Animador: Como filhos e filhas do Deus da paz, saudemo-nos com um abraço fraterno, desejando-nos uns aos outros um Feliz Natal, sinalizando o nosso anseio de paz para nós e para o mundo inteiro.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Oração da sabedoria



Senhor Deus de Bondade, venho diante de ti para agradecer todo o bem que realizas na minha vida. 

Muito obrigado pelo ar que respiro, pelo alimento à minha mesa, pelas pessoas que amo. 

Muito obrigado pela luz que vem do teu Espírito Santo. 

Eu te peço, Senhor, que sempre ilumine meus passos e meus caminhos com o brilho da tua sabedoria.

Dá-me bom senso, lucidez e discernimento para não me entregar a falsas ilusões. 

Protege a minha família e a todos os que eu amo de qualquer erro ou engano. 

Mostra-me sempre a beleza da tua verdade e do teu amor, para que eu possa ser instrumento da Sabedoria que vem de ti. 

Tudo isso eu te peço por Jesus Cristo, teu filho e nosso irmão, na força e na unidade do Espírito Santo, Amém!

domingo, 14 de dezembro de 2014

A Varanda de Deus


Debruçado na varanda sobre o mundo, olhava, estupefacto com o que lhe era dado ver.


Tinha estado a rezar intensamente, pedindo a Deus que lhe desse compreensão para tantas coisas que aconteciam no mundo, e que ele não conseguia perceber.


Eram cataclismos, violências, guerras, ódios, crimes, enfim um nunca parar de coisas horrendas, pelas quais ele como tantos outros, perguntava amargurado:
- Meu Deus porquê? Porque permites tais coisas? Porque as deixas acontecer?


Deus respondeu-lhe então, numa voz muito audível ao seu coração, perguntando-lhe:
- Acreditas que eu fui o teu criador e o criador do mundo? E se acreditas nisso, acreditas que te criei em liberdade para que tu escolhas o teu caminho e a vida que queres viver?


Humildemente, baixou a cabeça e respondeu:
- Sim Senhor, acredito!


Foi então que se sentiu transportado para aquela varanda, podia chamar-lhe a “varanda de Deus”, porque tinha vista ao mesmo tempo sobre todo o mundo.


Deus disse-lhe suavemente, com a voz repassada de tristeza:
- Fica aqui por uns momentos, tantos quantos queiras, e vai reparando no que se passa no mundo, para que obtenhas respostas ao que me perguntaste.


Deixou-se então ali ficar, e começou a olhar, vendo o que se passava no mundo.


Era tudo tão nítido, tão perto, tão real, que tudo o que via o deixava verdadeiramente estupefacto, envergonhado, esmagado de tristeza.


Para todos os lados da terra para onde olhasse via homens a testarem armas, a prepararem-se para a guerra, a provocarem ódios e inimizades, e seguidamente a matarem-se “metodicamente” em batalhas que a nada levavam.


Via a homens a odiarem-se, a prepararem vinganças, a ofenderem-se, ferirem-se, a matarem-se, pelos motivos mais fúteis.


Via homens a exercerem violências inauditas sobre mulheres, sobre crianças, os mais fortes a dominarem os mais fracos.


Via gente cheia de tudo, gente a quem nada faltava e tudo sobrava, e mesmo ao lado gente faminta, nua, gente sem esperança.


Reparou em tantos homens e tantas mulheres, envolvidas em orgias de prazer mundano, depois reflectidas em profundas depressões.


Percebeu envergonhado na imensidade de grávidas que matavam os seus filhos no seu próprio ventre.


Via por todo o lado os homens de costas voltadas, os miseráveis pelo chão e ninguém se incomodar com eles.


Viu ainda tanta gente que andava pelo mundo á espera de uma palavra, de um sorriso, de um conforto, mas que afinal eram “transparentes”, aos olhos daqueles que por eles passavam.


Percebeu também, no meio de todo este horror, algumas ilhas de bondade, de uns poucos, no meio de tantos, que se preocupavam com tudo e queriam o bem de todos.


Não quis ver mais, porque a visão de tudo era insuportável aos seus olhos, ao seu coração, até porque sentia que também fazia parte de tudo aquilo.


Deus olhou para ele, com aqueles olhos imensos de amor eterno e perguntou-lhe:
- Não são todos criaturas minhas? Em alguma coisa os distingui entre os que fazem o bem e os que fazem o mal? Não são todos livres de fazerem a sua própria vontade?


Numa voz sumida e envergonhada apenas respondeu:
- Sim, Senhor.


Serenamente, Deus disse-lhe:
- Então que queres que Eu faça? Que lhes retire a liberdade? Que os obrigue a fazer a minha vontade? Para que lhes serve então a inteligência e a consciência que lhes dei?


Sem saber o que dizer, apenas abanava a cabeça, sem levantar os olhos para Deus.


Deus continuou:
- Se uns usam a liberdade que lhes dei para fazerem o bem, porque é que os outros não o fazem também?
Que têm feito os homens do mundo que lhes dei?
Não vês a destruição da natureza, da beleza da criação?
É vontade minha, por acaso?


Mas ele nada conseguia dizer, porque nada havia que protestar, ou contestar.


Deus disse-lhe então:
- Foi-te dado ver o que os homens fazem da liberdade que lhes dei. Foi-te dado perceber que uns a utilizam para o bem e outros para o mal.
Abre o meu Livro e perceberás que desde sempre peço ao homem para fazer a minha vontade, pois só assim encontrará a felicidade.
Até dei ao homem o Meu próprio Filho, para que lhe revelasse a minha vontade, mas torturaram-no e mataram-no!
Ressuscitou ao terceiro dia e deu provas da Sua Ressurreição e mesmo assim não acreditaram, não acreditam.
Ao longo dos tempos, e hoje ainda, sempre houve homens e mulheres testemunhas do bem e do amor, que viveram segundo a minha vontade, e também esses desprezaram e ainda desprezam, alguns até mataram e ainda matam.
Não sei castigar, apenas sei amar!
Que queres tu que Eu faça?


Humildemente, de cabeça baixa, disse:
- Que tenhas compaixão, Senhor!
Que continues a amar-nos com o Teu eterno amor!
Que nos perdoes quando Te perguntamos porque acontece isto ou aquilo, sabendo nós que a culpa é apenas nossa, é apenas da forma como usamos a liberdade que Tu mesmo nos deste.
E suscita, Senhor, mais homens e mulheres que levem a Tua Palavra, que falem da Tua vontade e que dêem testemunho da alegria e da felicidade que é a vida em Ti, conTigo e para Ti.


Deus abraçou-o então, e disse:
- Vai em paz meu filho. Uma coisa podes tu ter a certeza: faça o homem o que fizer, o meu amor por ele permanece inalterado, e os meus braços estarão sempre abertos para o receber.
A liberdade sempre a terá, porque essa é a prova mais pura do meu amor por ele.


Abriu os olhos, olhou em redor, e calmamente com uma grande paz no seu coração, deu graças a Deus.


Joaquim Mexia Alves

Que longe estás de Jesus, se não és humilde...


Não te vences, não és mortificado, porque és soberbo. 
- Dizes que tens uma vida penitente? Não te esqueças de que a soberba é compatível com a penitência... 
- Mais razões: o teu desgosto depois da queda, depois das tuas faltas de generosidade, é dor ou despeito de te veres tão pequeno e sem forças? 
- Que longe estás de Jesus, se não és humilde..., ainda que as tuas disciplinas façam florescer, cada dia, rosas novas!

A alegria é um bem cristão. Só desaparece com a ofensa a Deus, porque o pecado é fruto do egoísmo e o egoísmo é a causa da tristeza. 
Mesmo então, essa alegria permanece no fundo da alma, pois sabemos que Deus e a sua Mãe nunca se esquecem dos homens. 
Se nos arrependemos no santo sacramento da penitência, Deus vem ao nosso encontro e perdoa-nos. E já não há tristeza. 
Na verdade, é muito justo que haja regozijo, porque o teu irmão estava morto e ressuscitou; tinha-se perdido e foi encontrado.

São Josemaría Escrivá

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Eu era católica e Deus me converteu

Conheça a história da jovem L.B., cuja vida foi transformada pela infinita misericórdia do Senhor




Salve Maria!

No mês de setembro completei meu primeiro ano de conversão. Se eu era ateia, protestante ou budista? Definitivamente não, talvez fosse o tipo mais difícil de converter: eu era católica. Fiz uma experiência muito forte do amor de Deus. Quero contar o que me aconteceu e especialmente destacar o papel do Padre Paulo Ricardo em tudo isso.

Em 2012, fui morar no Rio de Janeiro: o emprego dos sonhos, lá teria a minha casa, muitos ideais na cabeça, coração batendo forte e desejoso de aventuras e novas histórias... Quando lá cheguei foi tudo BEM diferente. O dono do escritório começou a rivalizar pesado comigo e me demitiu exatamente um mês depois, sem conseguir apontar meio motivo razoável. Ao mesmo tempo meu namoradinho carioca, lindo, inteligente, que tocava violão erudito pra mim em noites de lua cheia com vista para o Pão de Açúcar também resolveu me chutar.

De alegrias tropicais minha vida passou a um inferno dos mais dantescos. Fui para casa, comprei os acessórios, enchi a despensa, posicionei as plantas... Aquela cena que se ensaia mil vezes desde a infância, mas eu pensava que teria um gosto diferente, que estaria em segurança, tudo daria certo e eu seria feliz. Mas o gosto era TÃO AMARGO... Não se parecia em nada com a doçura que essas ideias românticas de felicidade prometem.

Então, o vazio tomou conta de mim de forma avassaladora.

Meu coração ardia de vontade de me confessar. Procurei o pároco da linda Igreja de São José, o Revmo. Padre André, sacerdote jovem que tinha acabado de voltar dos estudos em Roma. Sentei-me no banco, nem o conhecia, e comecei a contar meus pecados de estimação. Só que dessa vez, irritada por tantas coisas impalatáveis e que eu já não entendia, disse ao Padre num surto de sinceridade que eu não me arrependia porque "eu não concordava". O Padre calmamente me disse: "Minha filha, então eu não posso te absolver. Sem o arrependimento sincero e o compromisso de não buscar mais esses caminhos de nada vale a confissão. Quer um conselho? Pare de sofrer. Saia da Igreja já que ela não te satisfaz, mas não selecione apenas as partes que te agradam e ainda diga que é católica. Não existe isso de não concordar e fazer o que se quer, seja honesta e saia. Outra opção é você buscar a respostas de suas dúvidas no Catecismo e obedecer ao Papa. Desta forma você vai ser de fato uma católica. Como está você não o é". Eu fiquei atônita. NUNCA tinha ouvido UM Padre sequer dizer aquilo. Ele disse mais outras coisas específicas pra cada pecado que eu havia cometido e especialmente para aqueles dos quais que eu não me arrependia.

Foi TÃO CLARO que não teve jeito de eu defender minhas ideias, era óbvio que eu havia construído um muro de retórica pra me defender e legitimar minhas más escolhas e vícios.Até aquele ponto havia vivido como a maioria, de um jeito muito simplista: se eu extinguisse a culpa, o erro não seria meu. De um jeito que eu não sei explicar eu disse ao Padre que eu me arrependia. E eu disse isso com toda a minha alma e entendimento. Recebi ali uma cura incrível que jamais vou conseguir explicar. Passei a amar o Papa com TODAS AS MINHAS FORÇAS e fiquei muito curiosa em relação ao Catecismo e aos Evangelhos, parecia que havia passado muito tempo exilada, sentia saudade da Vida porque estando tão distante de Deus eu tinha me afastado de mim mesma e esquartejado corpo, alma e espírito em pequenas e indecifráveis partes que não faziam sentido por elas mesmas ou em conjunto. Eu tinha desenvolvido um soberbo exoesqueleto de pretensa "razão" e por ele me sustentava. Meu corpo físico e místico estava em frangalhos dentro daquela dura casca de superficialidade.

Depois disso voltei aos Sacramentos, às Missas Dominicais, à Adoração... Mas, quase não conseguia levantar da cama, fiquei doente e sem forças por muitas semanas. Eu só me levantava pra comprar comida às vezes e pra ir até a Igreja. Levantar um braço doía muito. Eu não quis contar pra minha família ou amigos o que tinha acontecido. Sentia uma mistura de choque, medo, raiva, tristeza, indignação, revolta, pânico, culpa, vergonha...

Tive anorexia. Anemia. Problemas estomacais. Infecções alimentares. Dores fortes no corpo todo. Depois de uns dois meses consegui sair de casa pra fazer esportes. E adquiri o hábito de caminhar na Lagoa rezando o Rosário. As pessoas olhavam curiosas achando engraçado uma moça com visual moderninho de roupa de ginástica caminhando com o Terço nas mãos. Eu queria lembrar as pessoas de que sempre há tempo para o Rosário. Não existe desculpa.

Então passei a participar do dia-a-dia da Igreja e fiz novos amigos, já que os primeiros, do escritório, jamais me ligaram nem pra saber se eu estava viva ou precisando de alguma coisa. E o tal namoradinho ainda fez questão de me esfregar outra garota na cara o mais que pôde. De que tinha valido tanta lua cheia, violão e romance? Nem respeito por mim ele conseguia ter! Naquela solidão radical eu fiquei pensando no que eu tinha por valores, quanto tempo eu gastava dando satisfações às outras pessoas, por que eu superestimava ser a "fofa, querida, gracinha" na boca dos outros e de que isso me valia no final das contas... Qual era o sentido da minha vida, afinal? Meu dinheiro estava no limite. Às vezes eu tinha de racionar pão. Tudo estava muito estranho... Tudo em que eu acreditava tinha se transformado em fumaça. Nenhuma das minhas velhas teorias poderia explicar ou me socorrer naquela nova situação.

Mas eu fiquei doente por mais muito tempo, sempre alternando "estiagens" e vontade de fazer as coisas. Nessas minhas temporadas na cama eu buscava coisas pra ver, pra me encorajar... Já que eu não queria conversar com as pessoas e ter de explicar o que nem eu mesma compreendia. Foi numa dessas, naqueles vídeos relacionados que eu achei o Padre Paulo Ricardo. Vi um vídeo, gostei, mesmo que ele me parecesse "duro demais" e até mesmo fanático. Mas existia algo diferente naquele Padre: ele tinha AUTORIDADE. Digo isso não somente pelo incrível domínio teórico e por citar as fontes e documentos oficiais com precisão, mas era outro tipo de autoridade, aquilo só poderia ter sido dado pelo próprio Deus. Eu entendi isso com a alma, mais que apenas com a razão, por isso ele me convenceu. Em pouco tempo via playlists inteiras e aquela musiquinha inicial já me aquecia o coração. Sou muito grata a Deus também por ter enviado o Padre Paulo para ajudar a mim e a muitos como eu. Nós só amamos verdadeiramente aquilo que conhecemos, então este Padre tem o carisma de alimentar nossa fé através do conhecimento. Muita gente se prende apenas ao plano teórico e continua a ser um descrente com muitas informações. Discutem, se posicionam, mas não amam ou vivem aquilo de que falam. É importante usar o conhecimento como uma poderosa ferramenta vivificadora da fé. Às vezes é preciso ver uma foto para entendermos uma determinada situação, o Padre Paulo nos revela através de "imagens teóricas" aquilo que vemos com pouca definição. Hoje rezo com mais fé porque entendo que isso tem real importância e valor, mesmo com meus limites. Também sinto mais paz e segurança porque esse conhecimento otimizou meu tempo de oração: entendo o que devo temer e o que não, isso muda muito o foco.

Passei cinco meses sem trabalho, e finalmente voltei pra minha casa. Vivi um tipo de retiro espiritual onde eu menos poderia imaginar... Voltei outra, menos ruidosa, mais obediente, estudiosa, centrada, de olho nas necessidades alheias e sobretudo FELIZ! Eu entendi que o Amor é a origem da própria vida, ou seja, é a alma do próprio Deus. O amor humano é sua imagem e semelhança. Felicidade é uma escolha definitiva pelo Amor. E a alegria é a consequência de tudo isso!
Hoje eu consigo trabalhar melhor que antes, viver minha vida e sonhos com a certeza de que Deus sonha e realiza tudo comigo. Ajudo e amparo muitas pessoas com essas coisas que aprendi estudando, sofrendo e rezando. Aprendi o valor da penitência, intercessão, fé e, sobretudo, da obediência.

Pra ser livre é preciso ter regras. Se não as tem você é escravo dos seus sentidos e ignorância. A santa obediência ensina muito aos que buscam a humildade e a ela se submetem. Vejo que muitos dos meus amigos inteligentíssimos não compreendem a Deus porque seus ricos vasos estão sempre cheios, e dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Deus espera que nos esvaziemos de nós mesmos pra poder entrar. Ele não nos invadiria nem para nos salvar. Este é o verdadeiro sentido da liberdade que Ele nos deu.
Uma profunda fé em Deus coloca TUDO em justa perspectiva. Depois que o centro se alinha as coisas tomam seus devidos lugares e proporções.

L.B.

padrepauloricardo.org/blog/

Virgem Maria de Guadalupe



Perfeita, sempre Virgem Santa Maria, Mãe do verdadeiro Deus, por quem se vive. 

Tu, que na verdade és nossa Mãe compassiva, te buscamos e te aclamamos. 

Escuta com piedade o nosso pranto, as nossas tristezas. 

Cura as nossas penas, misérias e dores. 

Tu que és nossa doce e amorosa Mãe, acolhe-nos no aconchego do teu manto, no carinho dos teus braços. 

Que nada nos aflija nem perturbe o nosso coração. 

Mostra-nos e manifesta-nos o teu amado Filho, para que com Ele encontremos a nossa salvação e a salvação do mundo. 

Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, faz-nos mensageiros teus, mensageiros da palavra e da vontade de Deus. Amém!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Oração do abandono


Em Tuas mãos, ó Deus, eu me abandono. 
Vira e revira esta argila, como o barro na mão do oleiro. 
Dá-me forma e depois, se quiseres, esmigalha-me...

Manda, ordena. “Que queres que eu faça? Que queres que eu faça?”

Elogiado e humilhado, perseguido, incompreendido e caluniado, consolado, sofredor, inútil para tudo, não me resta senão dizer a exemplo de Tua mãe: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”.

Dá-me o amor por excelência, o amor da Cruz; não o da cruz heroica que poderia nutrir o amor-próprio; 
mas o da cruz vulgar, que carrego com repugnância, 
daquela que ser encontra cada dia na contradição, 
no esquecimento, 
no insucesso, 
nos falsos juízos, 
na frieza, 
nas recusas 
e nos desprezos dos outros, 
no mal-estar e 
nos defeitos do corpo, 
nas trevas da mente e 
na aridez, 
no silêncio do coração. 

Então somente Tu saberás que Te amo, embora eu mesmo nada saiba. Mas isto basta.

(Oração escrita de próprio punho e recitada diariamente por Robert Kennedy. Foi encontrada no bolso do seu paletó por ocasião do seu assassinato)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Devo ir à missa por pura obrigação?


Muitos se perguntam se devem ir à missa no domingo mesmo sem vontade, por pura obrigação. Para responder à essa pergunta é preciso antes entender como é o funcionamento da alma humana e de como se pode prestar culto a Deus.

O homem é constituído de corpo e de alma e é a alma que deve comandar o corpo, mesmo que os 'sentimentos' do corpo não estejam colaborando. É como um pai que leva o seu filho à missa: a alma é o pai e o corpo é o filho. Ora, o filho esperneia e diz que não quer ir, mas o pai é firme e exerce um ato de vontade sobre o filho.

A alma humana possui três áreas: a inteligência, a vontade e a afetividade (sentimentos). 
Elas devem obedecer a essa hierarquia, deste modo, quando a pessoa sente dificuldade em ir à missa é porque a afetividade está querendo sobrepor-se às demais, porém, a sua inteligência sabe o que é o certo e determina à vontade, ordena à afetividade que vá mesmo assim.

Não se trata de hipocrisia. Quando uma parte do indivíduo não quer ir à missa é justamente nesse momento que se vislumbra a oportunidade de mostrar a Deus o quanto o ama, pois uma oração que é feita na luta é uma oração que tem mais valor porque é feita sem a consolação.

Nenhuma das três áreas da alma devem ser excluídas da vida espiritual, mas elas devem obedecer à hierarquia. A inteligência é a área usada para o ato principal da vida espiritual: a oração. 

A vontade também pertence à vida espiritual e quando é ela quem comanda, a isso se dá o nome de devoção. Finalmente, quando a afetividade (sentimentos) entram na vida espiritual ocorre a consolação.

Contudo, mesmo que o indivíduo não receba consolações na vida espiritual, ou seja, quando ele está passando por um período de aridez, de deserto, não deve desanimar, pois esta é a área que está mais em contato com o corpo e, portanto, não é tão sublime.

Neste momento, a vontade deve vir em socorro da afetividade e o indivíduo deve perpetrar atos de devoção em que, mesmo não sentindo grande consolação, os gestos concretos de vontade por ele realizados, ajudarão o intelecto, a razão, a parte superior de sua alma a prestar o culto a Deus. 

Aquele culto referido por São Paulo como logiké latréia, ou seja, uma adoração lógica, do Logos, um culto espiritual em que o indivíduo dobra sua inteligência diante da sabedoria infinita de Deus para pedir a Ele tudo aquilo que convém para a salvação da própria alma e das outras pessoas.

Padre Paulo Ricardo


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O curativo

"Feliz o homem a quem Deus corrige! Não desprezes a lição do Todo-Poderoso. 
Ele é quem faz a ferida e quem a cura; Ele fere e cura com as suas mãos".



Ela adormeceu com um livro aberto entre as pernas, com dedo sobre esta passagem, sublinhada a vermelho, do livro de *Job. 
O livro era o da Bíblia, ainda com escrita antiga, porque além da Bíblia ser muito antiga, a edição que tinha herdado dos pais também não era nova.
Nunca quis ter outra Bíblia. E agora, no canto da sala, sentada no cadeirão, com uma manta verde com riscas azuis sobre as pernas, ia passando grande parte das tardes. 
Aliás, na mesa de apoio, com tudo à mão, tinha a Bíblia, o terço, um livro de orações e umas fotografias dos entes queridos, uns ainda na terra dos vivos e outros já na terra da Verdade.
O filho aproximou-se e, ao tentar tirar o livro das mãos da mãe, acordou-a. 
Já várias vezes o filho tinha lido da Bíblia da mãe; sabia inclusivamente que, um dia, mais cedo ou mais tarde, o livro seria seu. 
Mas sempre o intrigou que a Bíblia da mãe estava quase imaculada. Em toda a Bíblia - já se tinha dado ao trabalho de a percorrer página a página - só aqueles dois versículos estavam sublinhados com um lápis de cor vermelha.
Teria sido ela? Porquê só aquela passagem? Porquê a vermelho? Eles, que falavam de tantas coisas, nunca tinham falado disso. 
Alguma coisa seria, pensava o filho; e alguma coisa foi, sabia a mãe.
Até que decidiu perder o pudor e perguntar diretamente porquê. 

A mãe olhou-o nos olhos, com um ar de ternura e de paz. 
Disse-lhe que há muito esperava pela pergunta; tinha até estranhado como é que ele nunca tinha avançado. 
Então a mãe, tirando os óculos e colocando-os em cima da mesa, pegou no terço, como se daí lhe viesse a força, e começou a contar.
Que, quase como acontece com toda a gente, Deus tinha-se tornado uma segurança para o bem e para o mal. 
Não daquelas seguranças de relação entre pai e filho ou marido e mulher. 
Aos poucos, era como que um amuleto: portei-me bem, dou-te graças, portei-me mal, defendeste-me; deixa-me continuar.
Assim tinha passado a sua adolescência e juventude, assim tinha vivido, com grande despreocupação, porque sabia que Deus, o seu protetor, ali estaria, como um pára-raios, a defendê-la.
Mas houve um dia, um dia concreto, que nunca esqueceu, que lhe mudou a vida. 
O mal tinha-lhe tocado.
Parecia que, de repente, ao olhar para o céu, não encontrava Deus. Que nada fazia sentido. 
Afinal, Deus tinha-a abandonado; ou ela é que tinha abandonado Deus. 
Estava confusa. Chorava. 
As lágrimas não eram de revolta, nem de incompreensão, nem mesmo de medo. Ela nem sabia bem porque chorava. Ou sabia, mas não era também assim tão grave que fosse para chorar. Ela que era uma mulher forte e que raramente chorava.
O marido notou-lhe nos olhos que alguma coisa se passava. 
Aqueles olhos tão vivos, de repente, tornaram-se num olhar vazio, distante. Perguntava-lhe o que tinha acontecido e ela respondia: nada.
Decidiu mudar de vida. Não é que fosse uma má vida... seria uma vida que não valia a pena continuar assim. Talvez até, em vez de se escrever "mudar de vida", melhor é que fique escrito, "pôr ordem na vida". 
E começou pelo mais simples: mudar a imagem que tinha de Deus. E propôs-se a ler a Bíblia. 
Não sabia como: do princípio para o fim, do fim para o princípio, ao acaso, como era moda naqueles tempos... 

Tinha ouvido um padre pregar, uma vez, sobre o livro de Job.
Ela não tinha a prática da leitura da Bíblia. 
Não sabia se Job era o autor dos Salmos ou um profeta. Sabia que estava no Antigo Testamento. 

E o padre tinha falado de um certo homem, Job, talvez uma personagem figurativa de cada um de nós, que é provado pelo sofrimento mas que não desiste de Deus. 
E foi pelo livro de Job que ela começou. 
Ao serão, enquanto o marido deitava os filhos e rezava com eles, ela aproveitava para ir avançando na leitura, vagarosa, atenta, pouco de cada vez, e começou a perceber que do mal pode sair o bem, e de que Deus não abandona e que Deus fere e trata a ferida.
Ao ler estes versículos, meio distraída, voltou a ler. Não fazia sentido: Deus em vez de castigar, corrige? Fere mas depois trata da ferida com as suas próprias mãos, e feliz de quem se deixar tratar?
Começava a fazer sentido. De fato, Deus não castiga. Se calhar nós é que nos castigamos... E semeamos o que colhemos. E Deus protege quem quer ser protegido e acompanha quem quer a sua companhia. 

Sentiu necessidade de marcar aquela passagem. O seu filho mais novo tinha estado a pintar. Tinha dividido a folha em três partes. Numa parte, com muita calma pintou tudo de azul. 
No meio não pintou nada, ficou em branco. E na outra ponta, com muita força e à pressa, não sabemos se por ter de ir para a cama ou por qualquer outro motivo, pintou uns riscos, em várias direções, a vermelho. E ali deixou o lápis. Foi com esse lápis, mesmo sem ver a cor dele nem o desenho, que ela sublinhou aqueles dois versículos.
Os anos foram passando. Ela de fato, mudou. 
A maneira de ver Deus, a maneira de ver a vida, o relativizar o que é secundário e valorizar o que é verdadeiramente importante.
Agora, sentada naquela cadeira, passa os dias entre leituras de Deus ou sobre Deus. 
Nunca conseguiu ler a Bíblia toda, mas o livro de Job sim, como um ritual, pelo menos uma vez por ano, é lido com aquela calma e tranquilidade e novidade da primeira vez.
Depois de tudo isto contado, houve um grande silêncio. O filho queria saber que acontecimento tinha sido, mas também não queria entrar na intimidade da mãe. 

Mas atreveu-se a perguntar o que tinha acontecido. E ela, com a mesma calma com que tinha contado tudo até aqui, respondeu: um tropeção sem importância. Como os teus, quando eras pequeno. Tropeçavas, caías, e vinhas ter comigo a chorar e eu te fazia o curativo. 

Deus fez o mesmo comigo: Deus feriu-me, ou melhor, eu feri-me, mas também tratou da minha ferida.

* O Livro de Jó ou Job é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento.

Fr Filipe

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

«Senhor, que eu veja»


Em ti, ó Deus vivente, o meu coração e a minha carne estremeceram e a minha alma se alegrou em ti, minha salvação verdadeira (Sl 83,3). 
Quando Te verão os meus olhos, Deus dos deuses, meu Deus? 
Deus do meu coração, quando me alegrarás com a visão da doçura da Tua face? 
Quando preencherás o desejo da minha alma pela manifestação da Tua glória?

Meu Deus, Tu és a minha herança, escolhida entre todos, minha força e minha glória! 
Quando entrarei no Teu poder para ver a Tua força e a Tua glória? 
Quando então, em vez do espírito de tristeza, me revestirás do manto de louvor (Is 61,10) para que, unida aos anjos, todos os meus membros Te ofereçam um sacrifício de aclamação (Sl 26,6)? 

Deus da minha vida, quando entrarei no tabernáculo da Tua glória, a fim de cantar em presença de todos os santos e proclamar de alma e coração que as Tuas misericórdias por mim foram magníficas (Sl 70,16)? 
Quando se quebrará o fio desta morte, para que a minha alma possa ver-Te sem intermediários? 
(Gn 19,19)
[...]

Quem se saciará à vista da Tua claridade? 
Como poderá o olho bastar para ver e o ouvido para ouvir na admiração da glória da Tua face?


Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), monja beneditina 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Mensagem do arcebispo para o dia de Finados

“[...] Senhor, para os que creem em vós, A vida não é tirada, mas transformada [...]” 
(Prefácio dos Fiéis Defuntos I). 



Amados e Amadas de Deus, saúde e paz! 

Morrer é um mistério! 
No vazio silencioso da ausência, a saudade surge como manifestação do amor pelos que nos precederam no encontro definitivo com o Senhor da Vida. 
Eis, aí, o lugar da esperança: nossa vida tem sentido. Significado que se plenifica quando somos inteiramente revestidos pela vida divina, que nos abraça, acolhendo-nos. 

Celebrar Finados é, então, contemplar esse abraço na vida daqueles que tanto amamos e, ao mesmo tempo, vislumbrar esse mesmo abraço que nos espera. 
Como Jó, nossa esperança nos lança na confiança da fé: “em minha carne, verei a Deus!” (Jo, 19,26). Essa esperança tem força na experiência de Jesus, o Filho amado de Deus que, vivendo sua missão de amor à renúncia, à humanidade, passou pelo silêncio da morte, e pelo Espírito de Deus ressuscitou plenamente para a vida. Sua experiência de morte e ressurreição nos alcança e, por ela, somos assumidos como filhos e filhas de Deus. 

Consolados pela esperança, que se cumpriu primeiramente na vida de Jesus, o Filho amado, assumamos nossa vida, buscando nela encontrar os traços da ressurreição que já despontam no dia a dia da fé e apontam para a plenitude do que somos chamados a ser em Deus. 

Na saudade de nossos entes queridos, encontremos forças para continuar o caminho da vida, em direção a uma grande festa, celebração do encontro pleno e definitivo com Deus, na comunhão com os irmãos e irmãs. 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo / Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O tempo que foi perdido


Aquela mulher que Jesus curou estava doente há dezoito anos! 

Fazendo uma analogia com a nossa vida podemos deduzir que “dezoito anos” pode significar o tempo da nossa vida em que passamos entregues às nossas próprias sugestões, vivendo conforme a vontade da nossa humanidade, olhando para nós mesmos, incapazes de contemplar a Deus e distanciados dos nossos irmãos e irmãs. 

É um tempo em que passamos entregues ao espírito do mundo, que nos encurva e nos submete às suas mazelas e misérias. 
Um tempo que foi perdido! 

Por isso, nos tornamos pessoas infelizes, doentes, incapazes de caminhar livremente, com o olhar voltado somente para baixo, para nós mesmos, para nossos interesses. 
O espírito do mundo nos torna, doentes e paralisados pelo egoísmo, pela ganância, pela comiseração, pela murmuração e tantas outras coisas que nos impedem de caminhar em busca da plenitude da vida que Jesus veio nos dar. 
Enquanto não somos curados por Jesus o espírito do mal nos escraviza. 

O tempo em que vivemos assim não conta para Deus se nos deixarmos tocar pela força operadora de Jesus que quer nos salvar mesmo que seja “dia de sábado”. Dia de sábado, hoje, poderá ser aquele momento em que todos acham inconveniente se falar de Deus, mesmo que haja muitas pessoas que precisam ouvir o que o Senhor tem a lhes falar. 
Ou então, aquela ocasião em que entendemos não ter nada a ver se tocar nas coisas do espírito, quando estamos tratando dos negócios, de trabalho, de estudos, em fim de coisas “importantes” para o desenvolvimento social.
Às vezes, em um aniversário ou em uma festa onde todos se divertem, há alguém precisando conhecer Jesus, ser tocado por Ele e nós, respeitando as “conveniências”, nos omitimos. 

Para nós também Jesus diz: “Hipócritas!” Sim, somos hipócritas porque não temos coragem de anunciar Jesus por onde andamos, temos respeito humano e não queremos nos expor, por orgulho. Somos homens e mulheres encurvados  que precisamos de salvação, cura e libertação. 

Assim como olhou para aquela mulher encurvada, Jesus também olha para nós que estamos na “sinagoga em dia de sábado”, isto é na missa, na adoração, no grupo de oração, preocupados somente com a nossa deformação, e, com compaixão e também nos diz: “Mulher (homem), estás livre da tua doença” e cura-nos mesmo que para o mundo não seja o momento adequado. 

Portanto, peçamos a Deus a graça de sermos curados para amar e servir a Deus em qualquer dia, a qualquer hora e em qualquer lugar, mesmo que seja dia de sábado. 
– A doença do mundo é o egoísmo. 
– Você tem olhado para cima e para os lados ou só tem pensado nas suas preocupaçõezinhas? 
 – Qual o espírito que pode o estar deixando, encurvado?
- Você escolhe hora e lugar adequados para falar de Jesus? 
- Você se envergonha de falar das coisas de Deus nos ambientes do mundo? 
- Você também se sente um homem ou uma mulher encurvada que precisa ser tocada por Jesus?
- O que tem feito você sentir-se encurvado? 
A falta de perdão? 
O desamor? 
 Reflita!

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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O tempo presente é um sinal de Deus



Jesus nos instrui a como dar valor ao tempo presente da nossa vida e nos mostra que as revelações do Pai também se manifestam por meio dos fatos e dos acontecimentos do nosso dia a dia. 

Assim Ele nos ensina a decifrar por meio dos fatos e acontecimentos o sinal de Deus para a nossa vida do mesmo modo como distinguimos os sinais aparentes que a natureza nos revela em relação ao clima, e outras ocorrências, os quais nos ajudam a nos prevenir e assim nos proteger das intempéries. 

Portanto, “Interpretar o tempo presente” é fazer uma reflexão do modo como estamos vivendo, das ações que estamos praticando, da justiça ou injustiça que estamos promovendo diante dos nossos irmãos. 

Assim como percebemos as mudanças climáticas, as rotações das estações do ano, e detectamos se vem chuva ou sol, nós também precisamos estar atentos (as) aos sinais de Deus para interpretar o tempo presente da nossa vida. 

Por meio das diversas situações que passamos o Senhor nos dá os meios para que possamos praticar a justiça e o amor. 
Portanto, o nosso momento presente é também um presente de Deus para nós, porque representa uma chance que temos para pôr em prática, concretamente, o que o Senhor nos ensina na Sua Palavra. 

Nós só temos um tempo para tomar decisão: é o tempo presente. Se não avaliarmos agora, a nossa vida, talvez mais tarde já não tenhamos tempo para arrependimento. 

Portanto, a hora é essa, se você está passando por algum momento difícil de sofrimento ou de doença, se você não está compreendendo nada do que tem sucedido na sua vida ou com a sua família, dê um voto de confiança ao Senhor e, procure perceber os sinais que são evidentes. 

O Espírito Santo quer conduzir-nos na melhor direção e, além do mais, Deus deve estar querendo construir em nós, um homem novo, acrisolado, purificado. 

Confiemos Nele e tudo passará!

- Você tem procurado tempo para meditar sobre a sua existência à Luz de Deus? 
– Os acontecimentos da sua vida presente têm tido algum significado para você? 
– Qual é para você a perspectiva do seu futuro em relação ao que você tem vivenciado no tempo presente? 
– Você sabia que com Jesus, a dor se transforma em amor?

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Sentir-me filho de Deus enche-me de esperança


Talvez não exista nada mais trágico na vida dos homens do que os enganos padecidos pela corrupção ou pela falsificação da esperança, apresentada com uma perspectiva que não tem como objecto o amor que sacia sem saciar.

Se transformarmos os projetos temporais em metas absolutas, suprimindo do horizonte a morada eterna e o fim para que fomos criados – amar e louvar o Senhor e possuí-lo depois no Céu – os intentos mais brilhantes transformam-se em traições e inclusive em instrumento para envilecer as criaturas.
Recordai a sincera e famosa exclamação de Santo Agostinho, que tinha experimentado tantas amarguras enquanto não conhecia Deus e procurava fora d'Ele a felicidade: fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Ti!. (…)

A mim, e desejo que a vós suceda o mesmo, a segurança de me sentir – de me saber – filho de Deus enche-me de verdadeira esperança que, por ser virtude sobrenatural, ao ser infundida nas criaturas, se acomoda à nossa natureza e é também virtude muito humana. 

Sou feliz com a certeza do Céu que alcançaremos, se permanecermos fiéis até ao fim; com a felicidade que nos chegará, quoniam bonus, porque o meu Deus é bom e é infinita a sua misericórdia. 
Esta convicção incita-me a compreender que só o que está marcado com o selo de Deus revela o sinal indelével da eternidade e tem um valor imperecível. 

Por isso, a esperança não me separa das coisas desta terra, antes me aproxima dessas realidades de um modo novo, cristão, que procura descobrir em tudo a relação da natureza, caída, com Deus Criador e com Deus Redentor.

São Josemaría Escrivá

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Felicidade interior x ambição


A ganância é uma arma que dispara contra o próprio ganancioso. 
O homem ou a mulher ganancioso (a) tem o coração regido pelo desejo de ter mais, de amealhar, de juntar egoisticamente e nunca estar satisfeito com o que possui. 

Quanto mais bens materiais alcança mais e mais luta para conseguir. 
Acha que a sua vida “vale tanto quanto mais pesarem os seus bens” e não consegue distinguir a diferença entre prosperidade e ambição. 

“A vida do homem não consiste na abundância de bens”, é o que nos afirma Jesus. 

Nós temos a tendência de confundir o anseio de felicidade que existe dentro de nós com a concupiscência do ter e do possuir mais. 

Tudo neste mundo contribui para alimentar em nós esta deformação da nossa alma. 
Desejamos a Deus e investimos nas coisas do inimigo de Deus. 

O homem da parábola foi chamado de “Louco” porque quis dispor da sua vida e preparar a sua alma para receber as benesses da sua provisão material. Ledo engano, loucura pura! 

Jesus nos adverte: “Cuidado com todo tipo de ganância!” 

Porém, a ganância e a ambição não estão ligadas somente ao material. 
Tudo quanto nós perseguimos com cobiça e queremos nos apropriar como atributo nosso se constitui empecilho para não sermos ricos diante de Deus. 

Deus deseja que o nosso coração seja livre de toda preocupação exagerada com o ter, com o possuir, com o poder. 

Ele sabe que a nossa alma não descansará em paz se o nosso ideal de vida estiver voltado para a nossa satisfação pessoal. 

Não sabemos quanto tempo de vida ainda teremos aqui. 
A nossa alma poderá ser pedida de volta, ainda hoje, e de quem serão os bens que acumulamos? 

Portanto, sejamos ávidos do amor de Deus que é a maior riqueza que podemos possuir e, mesmo esse amor, nós não poderemos guardar somente para nós, porque assim estaremos sendo também, egoístas e gananciosos. 

Todavia, estejamos certos de que quem ama com o amor que vem do céu é rico diante de Deus e está pronto (a) para retornar à casa do Pai. 

A riqueza que ele (a) acumulou seguirá junto e será a oferenda perfeita que agrada a Deus .

- Onde você está guardando o “tesouro” que tem acumulado? 
- Esse seu tesouro é uma oferta agradável ao Senhor?
- O que você tem feito com o Amor de Deus que está no seu coração?
- Você tem outro entendimento desse Evangelho? 

Peça ao Espírito Santo para iluminar a sua mente e perceba qual a mensagem para a sua situação de vida atual.

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A graça da salvação é um presente de Deus


O príncipe deste mundo é o demônio!
Ele tenta nos aprisionar à mentalidade do mundo, nos acena e quer nos atrair para as paixões da carne levando-nos à morte eterna que é a nossa separação da fonte de vida que é o Amor do próprio Deus, Pai e Criador. 

Jesus veio para nos libertar desta situação, no entanto, muitos de nós ainda continuamos vivendo esta realidade de sujeição aos artifícios do príncipe deste mundo. 

A vida e a morte estão ao nosso alcance! 

Em nós está tanto o apelo para as boas obras como para as obras do mal, depende de nós a opção de dar passos para frente ou continuarmos retrocedendo no caminho da escuridão. 

Por isso, São Paulo é bem claro quando afirma: “é por graça que vós sois salvos”! 

Entretanto, se não abraçarmos a graça que Deus nos concede, com certeza continuaremos mortos, mesmo que ainda não tenhamos passado pela morte física. 

Abracemos, pois, a graça da salvação que é um presente de Deus Pai, rico em misericórdia para conosco quando nos concedeu o dom da fé para que, crendo em Jesus Cristo, possamos praticar todo tipo de obra boa. 

– Você já conseguiu sair da escuridão, da ignorância, do tempo que a carne imperava na sua vida? 
– O Espírito é quem o (a) conduz? 
– Você tem praticado obras segundo a graça que Deus o concede?

um novo caminho

sábado, 4 de outubro de 2014

Ladainha da Humildade



Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus manso e humilde de coração: ouvi-nos.
Jesus manso e humilde de coração: atendei-nos.
Jesus manso e humilde de coração: fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.


Do desejo de ser estimado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser amado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser buscado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser louvado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de honrado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser preferido, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser consultado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser aprovado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser adulado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser humilhado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser desprezado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser rejeitado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser caluniado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser esquecido, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser ridicularizado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser escarnecido, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser injuriado, livrai-me, Jesus!

Que os outros sejam mais amados do que eu – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros sejam mais estimados do que eu – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros possam crescer na opinião do mundo e que eu possa diminuir – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que aos outros seja concedida mais confiança no seu trabalho e que eu seja deixado de lado – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros sejam louvados e eu esquecido – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros possam ser preferidos a mim em tudo – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros possam ser mais santos do que eu, contanto que eu pelo menos me torne santo como puder – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!

Ó Maria, Mãe dos humildes, rogai por nós!
São José, protetor das almas humildes, rogai por nós!
São Miguel, que fostes o primeiro a lutar contra o orgulho e o primeiro a abatê-lo, rogai por nós!

Ó justos todos, santificados a partir do espírito de humildade, rogai por nós!

ORAÇÃO

Ó Deus, que, por meio do ensinamento e do exemplo do Vosso Filho Jesus, apresentastes a humildade como chave que abre os tesouros da Graça e como início de todas as outras virtudes – caminho certo para o Céu – concedei-nos, por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, a mais humilde e mais santa de todas as criaturas, aceitar agradecendo todas as humilhações que a Vossa Divina Providência nos oferecer. Por N. S. J. C. que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Amém.

(Cardeal RAFAEL MERRY DEL VAL, Secretário de São Pio X).


sábado, 27 de setembro de 2014

Oração pelos que nos rodeiam




Obrigado, Senhor,
pela beleza dos que me rodeiam.
Palavras e gestos, rostos e sentimentos
de quem está perto
e nos ajudam nos combates da vida.

Obrigado, Senhor,
por aquelas pessoas que colocas no nosso caminho,
as que nos podem parecer um mundo de trabalhos,
mas que à tua luz são sempre um desafio.

Obrigado, Senhor,
pelos que não vivem da aparência,
e mostram a sua fragilidade num sorriso tímido
num olhar envergonhado.

Obrigado, Senhor,
pelos que se dispõem a ajudar porque sim,
em troca de nada,
ou quanto muito de uma Ave-Maria.

Obrigado, Senhor,
porque no meio do cansaço e da tristeza
nos mostras a alegria escondida do amor sem limites.

Por aqueles que nos rodeiam,
bons ou maus, tu o sabes,
obrigado, Senhor!

Fr. Filipe

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A vaidade é mentirosa, é fantasiosa




Os cristãos que vivem para aparecer são como pavões. 

Alguns dizem: Sou cristão, sou parente do padre tal, do bispo tal, ficam ostentando.... 

Mas e a sua vida como cristão? 
Rezam? 
E as obras de misericórdia, fazem-nas? 
Visitam os doentes? 

Por isso, Jesus nos diz que devemos construir a nossa vida cristã sobre a rocha, sobre a verdade. 
Mas ao invés os vaidosos constroem suas casas sobre a areia, e elas caem, como sua vida cristã escorrega, porque não são capazes de resistir às tentação.

Quantos cristãos vivem para aparecer. 
A vida deles parece uma bola de sabão. É bonita a bola de sabão! Tem todas as cores! Mas dura um segundo e depois? 

Também quando olhamos para alguns monumentos fúnebres, pensamos que é vaidade, porque a verdade é voltar para a terra nua, como dizia o Servo de Deus Paulo VI. 

Espera-nos a terra nua, essa é a nossa verdade final. 

Nesse meio tempo, eu me vanglorio ou faço alguma coisa? 
Eu faço o bem? 
Busco a Deus? 
Rezo? 

As coisas consistentes. A vaidade é mentirosa, é fantasiosa, engana a si mesmo, engana o vaidoso, porque ele finge ser, mas, no fim, ele acredita ser aquilo, acredita.Coitado!


Papa Francisco - excertos homilia Casa de Santa Marta 25.09.2014
http://spedeus.blogspot.pt/

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Guiai-me, Senhor


A palavra de Deus é como uma lâmpada acesa que ilumina o nosso caminho nos afastando do pecado e do mal. 

O verdadeiro caminho para a nossa felicidade é descoberto por nós através dos preceitos do Senhor. 

Se os seguirmos encontraremos com certeza, o itinerário para uma vida plena e abundante desde já e, quando chegar a nossa hora, com certeza, vislumbraremos a Luz de Jesus guiando os nossos passos para o céu.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

ORAÇÃO PARA PEDIR A CHUVA - (PAPA PAULO VI)




Deus, nosso Pai, Senhor do Céu e da terra

Tu és para nós existência, energia e vida



Criaste o homem à Tua imagem

a fim de que com o seu trabalho ele faça frutificar

as riquezas da terra

colaborando assim na Tua criação.


Temos consciência da nossa miséria e fraqueza:

nada podemos fazer sem Ti.

Tu, Pai bondoso, que sobre todos fazes brilhar o sol

e fazes cair a chuva,

tem compaixão de todos os que sofrem duramente

pela seca que nos ameaça nestes dias.


Escuta com bondade as orações que Te são dirigidas

com confiança pela Tua Igreja,

como satisfizeste súplicas do profeta Elias

que intercedia em favor do Teu povo.


Faz cair do céu sobre a terra árida

a chuva desejada

a fim de que renasçam os frutos

e sejam salvos homens e animais.


Que A chuva seja para nós o sinal

da Tua graça e da Tua bênção:

assim, reconfortados pela Tua misericórdia,

dar-te-emos graças por todos os dons da terra e do céu,

com os quais o Teu Espírito satisfaz a nossa sede.

Por Jesus Cristo, Teu Filho,

que nos revelou o Teu amor,

fonte de água viva, que brota para a vida eterna.

Amém.


Papa Paulo VI

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Envergonhar-se perante Deus é uma graça


É verdade que nenhum de nós matou ninguém, mas tantas pequenas coisas, tantos pecados quotidianos, de todos os dias... 

E quando pensamos: ‘Mas que coisa, que coração pequenino: eu fiz isto ao Senhor!’ 

E envergonhar-se! Envergonhar-se perante Deus e esta vergonha é uma graça: é a graça de ser pecador. 
‘Eu sou pecador e envergonho-me perante Deus e peço perdão.’ 

É simples, mas é tão difícil dizer: Eu pequei.
(...)
O homem e a mulher misericordiosos têm um coração largo: sempre desculpam os outros e pensam nos seus pecados. 
Viste o que aquele fez? Mas eu já tenho que chegue com o que fiz e não me meto nisso. Este é o caminho da misericórdia que devemos ter. 
Mas se todos nós, todos os povos, as pessoas, as famílias, os bairros, tivessem esta atitude, quanta paz existiria no mundo, quanta paz nos nossos corações! 

Porque a misericórdia leva-nos à paz. 

Recordai-vos sempre: 
Quem sou eu para julgar? 

Envergonhar-se e alargar o coração. Que o Senhor nos dê esta graça!.


Papa Francisco

O amor vivido atrai o perdão de Deus


Aquela mulher pecadora tinha fé na misericórdia de Deus e demonstrou isto quando enfrentou os fariseus e ousou prostrar-se aos pés de Jesus para lhe lavar os pés com perfume e enxuga-los com seus cabelos.
Para aquela mulher nada importava mais do que receber o perdão de Jesus e demonstrar a Ele o seu grande amor. 

Por isso os gestos daquela mulher a quem todos apontavam como sendo uma pecadora tocaram tão profundamente o coração de Jesus a ponto de lhe perdoar os pecados. 

Assim sendo, neste episódio, Jesus nos ensina que o amor demonstrado por nós é o maior motivo para que sejamos absolvidos das nossas transgressões. 

Jesus também nos mostra que nunca deixará passar as oportunidades para nos acolher mesmo que sejamos os maiores pecadores, e do mesmo modo ministrar o perdão dos nossos pecados. 
Podemos então, verificar que o perdão de Deus está condicionado ao nosso coração contrito e cheio de bons propósitos. 

O perfume valioso poderá ser a nossa oração nos momentos em que, também, nos deixamos estar aos pés de Nosso Senhor. 
Provamos muito amor e confiança quando dobramos os joelhos diante Dele e com as nossas lágrimas de arrependimento sincero e com a nossa oração penitente beijamos os Seus pés. 
Beijar os pés de Jesus é adorá-Lo na Santa Eucaristia, é acolher a Sua Palavra no coração e também, servi-Lo na pessoa dos nossos irmãos e irmãs. 

Portanto, temos também muitas oportunidades para, como a mulher da história, comprovar o nosso amor por Jesus colocando diante dele o nosso coração arrependido e cheio de boas intenções. 

– O que você “tem feito” para ser perdoado (a) dos seus pecados? 
– Você tem demonstrado amor nas ações do seu dia a dia? 
– Como está a sua vida de oração? 
– Você tem estado aos pés de Jesus, arrependido (a)?

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O sábio não perde tempo com lamentações


Jesus nos alerta para que não sejamos como “crianças mimadas” que não sabem o que querem e não se conformam com o que possuem. 
A comparação com “crianças que se sentam nas praças” é uma referência às nossas infantilidades quando duvidamos das ações de Deus na nossa vida, quando cobramos Dele coisas que na maioria das vezes dependem primeiramente de nós. 
 
Não queremos perceber os Seus sinais, somos insatisfeitos e, desejamos que todas as coisas, aconteçam de acordo com a nossa vontade sem mesmo saber qual é, na verdade, o motivo pelo qual nós as pedimos e as esperamos. 

Não temos convicção de quem somos nem do que queremos e qual é o ideal da nossa vida. Reclamamos de tudo e não aproveitamos o momento atual para apreender, mesmo que seja com o sofrimento ou com a bonança, na alegria ou na tristeza. 

Somos nós essas crianças que não sabem o que querem nem tampouco do que precisam e se justificam pondo a culpa nos outros. 
Nunca assumimos as nossas carências, deficiências, leviandades, mudanças de humor e de opinião e há sempre alguém que é o nosso algoz, o réu, o acusado. 

Cada fato e acontecimento da nossa existência, quando enxergado com os olhos de Deus contém o seu aprendizado. Às vezes perdemos as graças que o Senhor nos dispensa porque não sabemos “entender os sinais dos tempos”. 

O negativo na maioria das vezes prevalece aos nossos olhos, não sabemos enxergar as luzes acesas e olhamos somente para as luzes que estão apagadas. 
Ainda não nos dispusemos a abrir o coração e perceber o reino de Deus que está dentro de nós. Sábio, portanto, é aquele que acolhe a palavra de Deus sem protesto e sem discussão. 

O sábio não perde tempo com lamentações, nem lamúrias. 
Somos “filhos da sabedoria” quando nos deixamos envolver pelo mistério da piedade, o mistério da Fé em Jesus Cristo, sem questionar ou murmurar. Jesus quer que sejamos “filhos da sabedoria”, que possamos sentir o cheiro de Deus em todos os acontecimentos da nossa vida. 

Mas ainda há tempo para que nós formemos uma geração diferente da geração do tempo de Jesus aqui na terra! 

- Essa história tem alguma coisa a ver com você? 
– Você é eternamente uma pessoa insatisfeita ou já enxerga o dedo de Deus na sua vida? 
– Você faz parte também dessa geração de crianças que não sabem o que querem? 
– Quem será o (a) culpado (a) por você nunca melhorar nem crescer? 
- Você se ajusta com facilidade aos fatos da sua vida ou você tem dificuldade de mudança?