quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Meu jugo é suave e o meu fardo é leve


Hoje; Jesus leva-nos a repousar em Deus. Ele, certamente, é um Pai exigente, porque nos ama e nos convida a dar-lhe tudo, não é um verdugo. 
Quando nos exige alguma coisa é para nos fazer crescer no seu amor. 
O único mandamento é o de amar. Pode-se sofrer por amor, mas também nos podemos alegrar e descansar por amor...

A docilidade de Deus libera e enaltece o coração. 
Por isso Jesus, convida-nos a renunciar a nós mesmos para tomarmos a nossa cruz e segui-lo, diz-nos: «O meu jugo é suave e o meu fardo é leve» (Mt 11,30). 
Mesmo que por vezes nos custe obedecer à vontade de Deus, cumpri-la com amor acaba por nos encher de gozo: «Dirige-me na senda dos teus mandamentos, porque nela está minha alegria» (Sal 119,35).

Gostava de vos contar uma coisa. 
Por vezes, quando depois de um dia bastante esgotante, me vou deitar, percebo uma ligeira sensação dentro de mim que me diz:
 —Não entrarias um momento na capela para me fazeres companhia? 
Após uns instantes de desconcerto e resistência, termino por consentir e passar uns momentos com Jesus. 
Depois vou dormir em paz e tão contente, no dia seguinte não acordo mais cansado que de costume.

Não obstante, por vezes sucede-me o contrário. 
Perante um problema grave que me preocupa, penso: 
—Esta noite, durante uma hora, na capela, rezarei para que se resolva. 
E ao dirigir-me para a dita capela, uma voz diz-me no fundo do meu coração: 
—Sabes? 
Conformava-me mais que te fosses deitar imediatamente e confiasses em mim; eu ocupo-me do teu problema. 
E recordando a minha feliz condição de “servidor inútil”, vou dormir em paz, abandonando tudo nas mãos do Senhor...

Com tudo isto quero dizer que a vontade de Deus está onde existe o máximo amor mas não forçosamente onde está o máximo sofrimento... 
Há mais amor em descansar, graças à confiança do que em nos angustiarmos pela inquietude!


P. Jacques PHILIPPE
(Cordes sur Ciel, França)

sábado, 14 de outubro de 2017

Orar é o caminho para atalhar todos os males


Rezar é o caminho para atalhar todos os males que padecemos.

A oração – recorda-o – não consiste em fazer discursos bonitos, frases grandiloquentes ou que consolem...

Oração é, às vezes, um olhar a uma imagem de Nosso Senhor ou de sua Mãe; 
outras, um pedido com palavras; outras, 
o oferecimento das boas obras, dos resultados da fidelidade...

Como o soldado que está de guarda, assim temos de estar nós à porta de Deus Nosso Senhor: 
e isso é oração. 
Ou como se deita o cãozinho aos pés do seu dono.

Não te importes de lhe dizer: Senhor, aqui me tens como um cão fiel; 
ou melhor, como um burrinho que não dá coices a quem lhe quer bem.

A tua oração não pode ficar em meras palavras: há-de ter realidades e consequências práticas.

A heroicidade, a santidade, a audácia requerem uma constante preparação espiritual. 
Darás sempre, aos outros, só aquilo que tiveres; 
e, para dares Deus, hás-de ter intimidade com Ele, viver a sua Vida, servi-Lo.

São Josemaría Escrivá

sábado, 26 de agosto de 2017

Felicidade e sofrimento


«Sempre fui considerada uma pessoa excessivamente exigente. Procurei exigir-me muito a mim mesmo, sobretudo desde que comecei a minha carreira profissional. 
Também procurei exigir àqueles que se encontravam à minha volta. Pensava que era essa a minha missão e pensava também — sem admitir outro tipo de raciocínios — que se os outros não conseguiam o mesmo êxito que eu era, simplesmente, porque não se esforçavam tanto».

São palavras de um homem de negócios numa entrevista concedida a uma rádio local. Mais ou menos assim, continuava ele o relato da sua vida:
 «Custava-me muito compreender que houvesse pessoas que não conseguiam trabalhar ao mesmo ritmo que eu. Tenho de reconhecer que, de algum modo, os maltratava e os desprezava por causa disso. 
E lá em casa — com a minha mulher e com os meus filhos — era exatamente a mesma coisa. 
Não admitia falhas de nenhum tipo. As coisas eram para serem feitas custasse o que custasse. 
O resto eram simples justificações de gente preguiçosa».

«Até que um dia fiquei doente. Uma doença inesperada e totalmente imprevista. 
E tudo mudou da noite para o dia. Senti-me como um pneu a esvaziar. 
Comecei a perceber que a vida não era tão simples como eu havia pensado até então. Dei-me conta de que os outros também sofriam. 
Compreendi que não reparar nessa dor era uma atitude inumana. Assim tinha vivido eu durante tantos anos».

«Antes de ficar doente, eu era exageradamente irascível: tudo me irritava e tudo me fazia ferver em pouca água. Agora, pelo contrário, tornei-me muito mais sereno e compreensivo. 

O sofrimento temperou-me o carácter. Fez-me compreender que há pessoas neste mundo — à nossa volta — que sofrem muito. 

Há pessoas que vivem com muitas dificuldades — talvez, em parte, por culpa nossa. 
Cada um de nós devia aprender a deter-se diante do sofrimento dos outros e fazer o possível por remediá-lo».

«Às vezes, só é possível consolar. Isso não é pouco, nem muito menos algo inútil. 

Aprendi que, com o simples fluir de palavras que infundem esperança, já se alivia muito o coração de quem sofre. 
Quantas pessoas necessitadas de compreensão e de consolo neste mundo! 
Quanta pobreza espiritual! — tantas vezes maior e mais envergonhada que a pobreza material».

É um relato de vida que faz pensar. 

Como é diferente o modo como as pessoas encaram os sofrimentos nesta vida: a umas, ele parece que as torna mais humanas; 
a outras, pelo contrário, faz-lhes perder a esperança e a alegria de viver. 
A uns, cura-os da tendência para o egoísmo que todos temos dentro. 
A outros, pelo contrário, enche-os de cepticismo e de amargura.

É impossível viver nesta Terra sem algum tipo de sofrimento. Por isso, podemos e devemos ser felizes apesar dessa presença constante que nos acompanhará durante todo o nosso caminho — de um modo especial nos últimos momentos. 
Para que isso seja possível, um cristão sabe que deve olhar para Jesus pregado na Cruz. 
À primeira vista — disse Bento XVI aos jovens — a Cruz parece ser a negação da vida. 
Na realidade, é exatamente o contrário! 

Ela é o «sim» de Deus ao homem. 
Ela é a expressão máxima do Seu Amor por nós. 
Ela é a única nascente da qual brota a vida eterna.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Jesus Caminho, Verdade e Vida



Porque Ele está conosco,

Enquanto o tempo é tempo,
Ninguém espere, para O encontrar,
O fim dos dias...
Abrindo os olhos,
Busquemos o seu rosto e a sua imagem.
Busquemo-l’O na vida, sempre oculto
No íntimo do mundo, como um fogo.



Porque Ele está conosco
Nesta hora de violência,
Pensemos que Ele vive, fala e sente
Em quem padece.
Alerta, ó almas!
Volvamos para Ele os nossos passos.
Sigamos os seus gestos com que acena
Aos homens, sobre a cruz das grandes dores.



Porque Ele está connosco
Nos dias de fraqueza,
Ninguém espere conservar o alento
Sem O chamar...
De mãos ao alto,
Gritemos para Ele a nossa angústia.
Prostremo-nos, orando, aos pés d’Aquele
Que apaga em nós as manchas do pecado.



Porque Ele está connosco,
Tal como na manhã
De Páscoa, não faltemos ao banquete
Do sangue derramado,
Comamos do seu pão,
Bebamos do seu cálice divino,
Sinal do seu amor até ao fim!


(Do site Spdeus)

segunda-feira, 27 de março de 2017

A morte como drama existencial e mistério de fé


Um consenso que temos na sociedade e nas diversas culturas é a convicção de que mais cedo ou mais tarde todos nós morremos. 
A morte é umas das poucas certezas absolutas que temos nesta vida. As diferentes culturas encaram de modo diversificado este tema, mas todas elas, sem exceção, enxergam a morte como um momento de dor, buscam respostas e alívios para encararem um drama inevitável da existência.

A cultura judaico-cristã compreende a morte como consequência natural do pecado e inerente fragilidade da vida ferida com o rompimento entre a humanidade e Deus. 
Contudo, nunca faltou a perspectiva da Esperança e da eternidade nesta relação do humano com o Divino, ao longo da história da salvação. 
Mesmo com o ser humano expulso do paraíso (lugar da vida plena sem a força do mal e da morte), o próprio Deus não desiste de salvar e resgatar a criatura humana ferida pela realidade do pecado e da morte.

Quando na plenitude dos tempos Deus envia seu filho ao mundo, ele nasce, vive e morre e, com sua própria morte, vence para sempre e nos resgata o paraíso perdido. 
Na morte de Cristo, e como consequência imediata sua ressurreição gloriosa, a vida assume outra perspectiva, já não somos mais devedores da morte, mas vencedores sobre ela e sobre suas consequências.

Não resta dúvida que a morte será sempre um mistério, digno das mais diversificadas teorias e interpretações, mas o que não podemos negar é que com a luz do triunfo de Cristo sobre a morte, ela não é mais considerada um mistério, como se fosse algo obscuro e cercado de incertezas. 
Ela é um mistério de fé! E não mais uma realidade desconhecida, estranha e decepcionante. 
A morte iluminada pela fé nos enche de esperança e confiança, e, acima de tudo, nos traz certeza e compreensão mística para lidarmos com ela, não como um monstro e nem como tragédia final.

A morte é a grande pedagoga da vida. 

Durante toda a nossa existência vamos aprendendo a lidar com perdas e ganhos, e só ganha de verdade na vida quem sabe lidar com as perdas. 

Só ganha inteligência, conhecimento e êxito na escola da vida quem sabe “perder”. 
A vida só ganha sentido pleno para quem sabe se gastar em função do outro. 
Pense num pai ou numa mãe que se gastam por inteiros para dar vida aos filhos e vitalidade à família constituída.

Os grandes ganhos na vida se fazem com as perdas e mortes do cotidiano. A capacidade de ceder, de morrer para si, de engolir o orgulho, de vencer a própria soberba, de silenciar, escutar e exercitar a paciência. 
A morte parece que nos rouba ou leva a nossa vida. 
Quando na verdade ela plenifica e transfigura as mais penosas realidades humanas em eternidade e nos permite recuperar o paraíso perdido.

A perda maior da vida não é a morte. 
Ela é a porta final da glorificação da realidade humana de forma definitiva e verdadeira. 
Não podemos negar que a morte machuca, dói, assusta, surpreende e até tira o nosso chão. 

Só não podemos deixar que ela mate nossa fé, nossa esperança e nos tire do caminho da eternidade, conquistado com o sangue, o suor e a própria morte do Filho de Deus, para nos conceder a vida eterna.

*Padre Róger Araújo

sexta-feira, 17 de março de 2017

Os que vão à igreja são os piores!


Ouvimos tantas vezes esta frase, que por vezes até a assumimos como verdadeira!
Mas terá alguma realidade, alguma verdade, esta frase?


Tenho para mim que há duas maneiras de a apreciar, ou melhor, de apreciar aqueles que “vão à igreja”.
Deixo para depois esta frase específica “vão à igreja”.


Com efeito, se aqueles que “vão à igreja” forem apreciados pelos que “não vão à igreja”, então a frase carece de realidade, de verdade, porque aqueles que “não vão à igreja” não deveriam apreciar os primeiros segundo as “regras” da igreja, mas sim segundo as regras que impõe a si mesmos.


E então podemos perguntar se realmente aqueles que “vão à igreja” são piores do que aqueles que não vão, e pelo que me é dado ver e a cada um de nós, não julgo que sejam piores, mas talvez iguais, e em certas coisas até melhores, segundo os padrões daqueles que vivem sem “ir à igreja”.


Mas retomemos as palavras “vão à igreja”.
Porque uma coisa são os que “vão à igreja” e outra bem diferente são aqueles que “são Igreja”!


E aqui reside uma grande diferença, e talvez até a frase do título pudesse ser em parte verdadeira, se os que “vão à igreja” fossem apreciados pelos que “são Igreja”.
Mas, uma coisa importante nos ensina a Palavra de Deus, é que não devemos julgar, até para que não sejamos julgados.


É que os que querem “ser Igreja”, sabem-se fracos e pecadores e por isso mesmo querem “ser Igreja”, para em comunidade, em oração, em meditação, ouvindo e aprendendo os ensinamentos da Igreja, melhorarem, deixarem-se transformar em suas vidas, para imitando Cristo, darem testemunho do amor, sabendo no entanto que vão cair muitas vezes nas suas fraquezas, mas colocando sempre a sua confiança e a sua esperança no perdão e no amor de Deus.


Já os que apenas “vão à igreja”, vão apenas ao edifício “ouvir e ver” as celebrações, tentando servir-se da Igreja para dela retirarem apenas o que lhes interessa, e colocando de lado a conversão diária, que custa e exige esforço.


Ou seja, os que apenas “vão à igreja”, vão como se fossem a um super-mercado onde podem escolher o que lhes interessa, e colocar de lado o que não lhes “serve”.
Assim, são na igreja uma coisa, e na sua vida diária outra coisa, conforme as particularidades de cada momento.


E quantas vezes eu próprio não sou assim, também!?


Por isso mesmo quero ser Igreja, e assim sendo agradeço a frase do título deste texto, tomando-a positivamente e não pejorativamente, como uma chamada de atenção à minha conversão diária, de modo a que o meu testemunho de cristão católico seja coerente com a fé que afirmo professar.


Joaquim Mexia Alves
Do Blog Spe Deus

quarta-feira, 1 de março de 2017

Pequena agenda do cristão - Quarta-feira



Quarta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objetivas)


Propósito:
Simplicidade e modéstia.

Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência (soberba).


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. 
Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e proteção, a tua disponibilidade permanente. 
Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.


Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?


António Mexia Alves 

QUARESMA - UM CAMINHO AO ENCONTRO DO AMOR!

A Quaresma é um caminho ao encontro do Amor!


Quando amamos, desejamos sempre agradar ao amado, pretendemos sempre conhecer o que o amado deseja que façamos, ansiamos sempre por fazer a vontade do amado.
Ora não há amor maior que o amor de Deus, e por isso, não há melhor Amante e Amado que o próprio Deus!
Porque Ele nos ama com amor total, de tal modo que se entregou inteiramente por nós, dando a Sua própria Vida!
E o Seu amor é de tal forma perfeito, que podendo tudo, não nos concede tudo o que desejamos, porque sabe que nem tudo o que desejamos é bom para nós, protegendo-nos assim da nossa, por vezes, errada vontade.


E a Quaresma é um caminho ao encontro desse Amor de Deus!


Porque é um caminho ao encontro da vontade de Deus, que vai muito para além do reconhecimento do nosso pecado e do nosso arrependimento, porque nos chama à conversão, e a conversão é um “transformar-se” em Cristo, é um “moldar-se” em Cristo, deixando-nos por Ele ser moldados, para procurarmos ser a Sua imitação no bem e no amor.


A conversão deve levar-nos não só a sermos de Cristo, mas a sermos também o próprio Cristo, (sobretudo para os outros), no sentido em que Ele está em nós, quando nos deixamos transformar pelo Espírito Santo, querendo tornar verdadeira em nós a frase de São Paulo: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.» Gl 2, 20


Seremos então amor, porque nos deixámos moldar pelo Amor!


E o amor não é triste, nem é uma gargalhada espalhafatosa, mas é uma paz e uma alegria serena, confiante e esperançosa.
Por isso se compreende ainda melhor a Palavra de Jesus Cristo:
«E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam…
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.» Mt 6, 5-6


Com efeito, se amamos a Deus e por Ele nos sabemos amados, se confiamos que o Seu amor é sempre maior do que o nosso pecado e que o Seu perdão é constante perante o nosso arrependimento, porquê apresentarmos faces tristes, como se o pecado nos pesasse mesmo depois de o reconhecermos perante Deus?
Seria quase duvidar do amor, do perdão de Deus, da Sua infinita misericórdia!


Então, que nesta Quaresma procurando fazer a vontade de Deus, entregando-nos à verdadeira conversão, apresentemos um rosto de paz, de alegria serena e intima, o rosto que só podem apresentar aqueles que acreditam na Fé, que o amor de Deus por nós é desde sempre e para sempre.


Então a Quaresma será verdadeiramente um caminho ao encontro do Amor!

Joaquim Mexia Alves

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Pequena agenda do cristão - DOMINGO


(Coisas muito simples, curtas, objetivas)


Propósito:
Viver a família.


Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.


Lembrar-me:
Cultivar a Fé


São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.


Posted by António Mexia Alves

HÁ MOMENTOS!



Há momentos
em que Ele chega,
toma-nos pela mão,
ou seja,
entra-nos no coração,
e diz-nos,
como se nós não soubéssemos:
Amo-te, meu filho!

Paramos tudo,
quase deixamos de viver,
(esta vida terrena, claro),
e perguntamos,
certos da resposta:
és Tu, Senhor?

E Ele sorri,
olha-nos nos olhos,
e diz:
Alguma vez duvidaste,
que Eu morri por ti?

Envergonhados,
baixamos a cabeça,
pomos a mão no peito,
e respondemos:
Só Tu,
Senhor,
és a nossa certeza!

O Seu sorriso,
abre-se ainda mais,
enche-nos de compaixão,
e diz-nos,
olhando-nos nos olhos,
com a voz repassada de amor:
Toma tudo o que Eu te dou,
e ama os outros,
como Eu te amo!
Ama-os,
com o Meu amor!


Joaquim Mexia Alves

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Estou com Ele no tempo da adversidade


Ainda que tudo se vá abaixo e se acabe; ainda que os acontecimentos se sucedam ao contrário do previsto, com tremenda adversidade; nada se ganha perturbando-se. 

Além disso, recorda a oração confiante do profeta: 

"O Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador; o Senhor é o nosso Rei; Ele é quem nos há-de salvar". 

Reza-a devotamente, todos os dias, para acomodar a tua conduta aos desígnios da Providência, que nos governa para nosso bem. (Forja, 855)


E quando a tentação do desânimo, dos contrastes, da luta, da tribulação, de uma nova noite da alma nos ataca –violenta –, o salmista põe-nos nos lábios e na inteligência aquelas palavras: estou com Ele no tempo da adversidade. 

Jesus, perante a Tua Cruz, que vale a minha; perante as Tuas feridas, os meus arranhões? 
Perante o Teu Amor imenso, puro e infinito, que vale o minúsculo fardo que Tu colocaste sobre os meus ombros? 
E os vossos corações e o meu enchem-se de uma santa avidez, confessando-Lhe – com obras – que morremos de Amor.

Nasce uma sede de Deus, uma ânsia de compreender as Suas lágrimas; de ver o Seu sorriso, o Seu rosto... 
Julgo que o melhor modo de o exprimir é voltar a repetir, com a Escritura: como o veado deseja a fonte das águas, assim a minha alma te anela, ó meu Deus! 

E a alma avança, metida em Deus, endeusada: o cristão tornou-se um viajante sedento, que abre a boca às águas da fonte.

Com esta entrega, o zelo apostólico ateia-se, aumenta dia-a-dia – pegando esta ânsia aos outros – porque o bem é difusivo. 
Não é possível que a nossa pobre natureza, tão perto de Deus, não arda em desejos de semear no mundo inteiro a alegria e a paz, de regar tudo com as águas redentoras que brotam do lado aberto de Cristo, de começar e acabar todas as tarefas por Amor.

Falava antes de dores, de sofrimentos, de lágrimas. E não me contradigo se afirmo que, para um discípulo que procura amorosamente o Mestre, é muito diferente o sabor das tristezas, 
das penas, das aflições: desaparecem imediatamente, quando aceitamos deveras a Vontade de Deus, quando cumprimos com gosto os Seus desígnios, como filhos fiéis, ainda que os nervos pareçam rebentar e o suplício pareça insuportável.


São Josemaría Escrivá

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

SENHOR, TU FAZES-ME TÃO FELIZ!!!



Deita-se o coração
ternamente,
assim abandonado
ao amor,
ao verdadeiro amor,
aquele
que vem de Nosso Senhor.

Sinto-me assim,
prostrado,
mas pela paz,
pela serenidade,
pela alegria,
do meu Cristo Ressuscitado.

Valem todos os momentos de secura,
por este momento,
em que me sinto,
um nada,
um pobre tolo,
envolvido,
no Seu terno
e eterno consolo.

Ah,
que eu não sou digno,
não sou ninguém,
sou apenas um nada imenso,
mergulhado no Teu amor,
com todos os outros,
também.

Como exprimir,
Senhor,
esta quietude,
esta paz imensa,
esta alegria serena,
(não a alegria de rir,
mas apenas de sorrir),
porque sinto o Teu olhar,
porque sinto o Teu calor,
porque acredito,
tranquilamente,
no Teu eterno amor.

Não me interessa o que se diz,
ou o que possa dizer,
mas quero gritar ao mundo,
para toda a gente ouvir:
Senhor,
Tu fazes-me tão feliz!!!


Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.pt/2017/02/senhor-tu-fazes-me-tao-feliz.html

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Recomeçar sempre!


Não desistas nunca,
Nem quando o cansaço se fizer sentir,
Nem quando os teus pés tropeçarem,
Nem quando os teus olhos arderem,
Nem quando os teus esforços forem ignorados,
Nem quando a desilusão te abater,
Nem quando o erro te desencorajar,
Nem quando a traição te ferir,
Nem quando o sucesso te abandonar,
Nem quando a ingratidão te desconsertar,
Nem quando a incompreensão te rodear,
Nem quando a fadiga te prostrar,
Nem quando tudo tenha o aspecto do nada,
Nem quando o peso do pecado te esmagar…

Invoca Deus, cerra os punhos, sorri… E recomeça!

São Leão Magno