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O verdadeiro sentido da vida reside no sentimento de pertença efetiva na família.
A vida adquire sentido quando se busca a comunhão e a participação entre as pessoas que se querem bem, não obstante erros e fraquezas de cada um.
A mensagem do Natal visa integrar os filhos e as filhas de Deus, ainda que estejam dispersos ou afastados.
Nada supre o convívio de amor no seio familiar!
Por mais que as propagandas comerciais fascinem-nos ou tentem aliciar nosso apetite de consumo, ninguém substitui o calor humano, vivido no encontro entre os membros de uma família.
Por mais que as propagandas comerciais fascinem-nos ou tentem aliciar nosso apetite de consumo, ninguém substitui o calor humano, vivido no encontro entre os membros de uma família.
Ainda que cercados de benesses materiais, nós chegamos a nos afastar dos parentes, acabando por nos dispersar.
Nem as comunicações virtuais suprem o sentimento de afeto e de segurança, construído no dia-a-dia do convívio familiar.
Pouco vale a correria às compras de fim de ano, na tentativa de compensar o afeto e bem-estar que somente se encontra no aconchego de um abraço sincero.
A verdadeira felicidade não se alicerça no excesso de exterioridades que, cedo ou tarde, deixam o espírito vazio, frustrado.
Não raro sentimos decepção pela falta de motivação para que a família reúna-se.
Não raro sentimos decepção pela falta de motivação para que a família reúna-se.
Um bom almoço pode ajudar, mas não podemos trocar as pessoas pelas coisas.
Não se vai à casa de alguém por causa de comida e sim pelas pessoas a quem se quer bem.
Essa é a lógica espiritual que nos aproxima da ceia do Senhor, a mesa da comunhão eucarística, sinal de unidade, vínculo de amor.
Receber a comunhão não é prêmio, mas é força, é vigor, é remédio, é conforto para quem precisa se encontrar na vida, encontrar-se com os outros e se integrar numa comunidade, numa família.
Provocações, intrigas, divisões entre as pessoas, entre comunidades e povos resulta da ausência do cultivo da espiritualidade do amor partilhado.
Provocações, intrigas, divisões entre as pessoas, entre comunidades e povos resulta da ausência do cultivo da espiritualidade do amor partilhado.
O medo da verdade condena-nos à escravidão do egoísmo.
O medo de se libertar das mentiras da existência é o medo de amar de verdade!
Somente o amor efetivo, encarnado, cultivado em momentos especiais, pode reverter o comportamento adverso, agressivo, suspeito, negativo.
Foi exatamente isso que o Cristo veio trazer à humanidade!
Ele se encarnou por nós e por nossa salvação da mentira, do ódio, das divisões.
Enquanto Cristo veio como luz dos povos, há gente por aí que insiste em apagar o brilho dos outros para que brilhe somente sua estrela.
Enquanto Cristo veio como luz dos povos, há gente por aí que insiste em apagar o brilho dos outros para que brilhe somente sua estrela.
A mania de tirar vantagem sobre os outros, a excessiva preocupação com a imagem e sucesso pessoal, o despreparo para conviver em sociedade, o egoísmo, a inveja, os ciúmes, enfim, as misérias de nossas vaidades, não deixam espaço para o amor e a verdade de Deus.
Enfrentemos as contradições da sociedade de consumo que prescinde dos valores espirituais sem agredir ou se julgar melhor que alguém.
Aprendamos em tudo a amar e a servir pela palavra e pelo exemplo.
Por Dom Aldo Pagotto - Arcebispo da Paraíba (PB)
Por Dom Aldo Pagotto - Arcebispo da Paraíba (PB)
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